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domingo, 18 de março de 2012

As Sementes da Paixão

A Semente da Paixão é aquela semente de variedade local selecionada e adequada ao semiárido que vem sendo trabalhada e guardada desde as gerações passadas. Essas sementes estão nas casas das famílias de cada agricultor e agricultora ou nos bancos de sementes comunitários.
  
A demoninação  da Semente da Paixão é muito forte na Região da Borborema, no estado da Paraíba, onde agricultores conservam através de seu uso, raridades genéticas adaptadas ao semiárido nordestino, o que na ciência se chama de banco de germoplasma. 

As sementes são conservadas entre períodos de plantio utilizando técnicas simples, entre outras, por exemplo, o armazenamento em recipientes bem preenchidos de sementes e bem fechados (herméticos).

Os agricultores das Sementes da Paixão não usam nenhum tipo de agrotóxico.

A perpetuação das sementes é feita através dos plantios nas suas lavouras. Há o hábito de troca de sementes entre agricultores. O  banco de sementes comunitário é uma das estratégias utilizadas por estes agricultores, numa fantástica forma de socializar e expandir sementes que significam a segurança e soberania alimentar das pessoas da região.

Por não usarem Agrotóxicos essa agricultura e esses agricultores tornam-se aliados na conservação das abelhas nativas, pois suas plantas propiciam a coleta de nectar e pólen sem nenhuma ameaça para estes polinizadores.

O agricultor e poeta Sr. Joaquim tem uma poesia "Indignação dos Guardiões das Sementes" que fala sobre a ameaça aos agricultores familiares da distribuição de sementes pelos governos. São sementes padronizadas, algumas alteradas geneticamente e conservadas com agrotóxico.





Indignação dos Guardiões das Sementes
(Joaquim Pedro de Santana)

Jesus mestre salvador
Lá do céu está vendo
O que é que estão fazendo
Com o povo agricultor
É tirar o nosso valor
Mandar sementes pra gente
Com veneno é indecente
Deus não vai dar o perdão
É a indignação dos guardiões da semente
De apoio precisamos
Federal ou do Estado
Mas devemos ser consultados


Para saber o que plantamos
Por que nós não aceitamos
Virem com veneno pra gente
Saber que é indecente
Para nossa plantação
Esta é a indignação dos guardiões das sementes
Temos 38 espécies
230 variedades
Todas de boa qualidade
Que o povo todo conhece
Não sei o que acontece
Programas mandar pra gente
Só quatro achamos indecente
Fazemos revolução
É a indignação dos guardiões da semente
Nós sabemos que se plantar
As nossas variedades
Teremos com qualidade
Segurança alimentar
Também nós vamos zelar
O nosso meio ambiente
É bastante diferente
Desta outra plantação
É a indignação dos guardiões da semente
Nossos avós e nossos pais
Nos ensinaram a plantar
E também armazenar
Com produto naturais
Pimenta do reino é capaz
Para o trabalho da gente
Casca de laranja é excelente
Para a boa germinação
Está é a indignação dos guardiões da semente
Pedimos para não plantar
Pois temos diversidade
Mas se houver necessidade
De perto dela passar
Máscara e luva vamos usar
Para proteger a gente
Pois veneno é indecente
O mesmo é coisa do cão
Essa é a indignação dos guardiões da semente
Nos também temos clareza
Que o problema é financeiro
E com nosso dinheiro
Enricar mais as empresas
Veneno na nossa mesa
Com dinheiro da gente
Se chegar na minha frente
Digo ao chefe da Nação
Está é a indignação dos guardiões da sementes
No banco a semente está
Para a nossa autonomia
Pra quando chegar o dia
De o agricultor plantar
É só ele ir lá buscar
Voltar feliz e contente
Porque tem em sua frente
As sementes da paixão
Essa é a libertação dos guardiões da semente


Fonte/consulta: http://aspta.org.br/2012/03/indignacao-dos-guardioes-das-sementes/

   Imagem:      http://pratoslimpos.org.br/?p=2285


Notícia:
Agricultores do Polo da Borborema se recusam a receber sementes do governo na Paraíba
http://aspta.org.br/2012/03/agricultores-do-polo-da-borborema-se-recusam-a-receber-sementes-do-governo-na-paraiba/

quinta-feira, 15 de março de 2012

Morre César Ades, patriarca do estudo do comportamento animal no Brasil

 Morreu na noite do dia 14 o professor César Ades, 69, do Instituto de Psicologia da USP. Ele estava internado no Hospital das Clínicas desde a última quinta-feira após ter sido atropelado na avenida Paulista, na região central de São Paulo.

Nascido no Egito, Ades construiu sua carreira de professor e pesquisador na USP, onde ingressou como estudante de graduação em 1960. Ele era referência mundial na área de etologia e comportamento animal.
Entre outros cargos acadêmicos, era diretor do IEA (Instituto de Estudos Avançados) da USP até o final de fevereiro. Também foi o diretor do Instituto de Psicologia, além de ser professor livre-docente desde 1991.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1061798-morre-cesar-ades-patriarca-do-estudo-do-comportamento-animal-no-brasil.shtml


Para conhecer mais sobre o Professor César Ades:






Fotógrafo: Marcos Santos / USP Imagens

segunda-feira, 12 de março de 2012

Código Florestal - Campanha "Veta Dilma"

"As alterações previstas para o Código Florestal prejudicarão as abelhas nativas".

Nessa segunda-feira (e também na 3a. feira) vamos gastar alguns minutos do nosso dia ligando para todos os deputados do nosso estado. Precisamos deixar claro que 80% da população brasileira é contra as alterações do novo código florestal. Nos ajude a vetar esse projeto. Precisamos adiar ao máximo essa votação. Ligue, e deixe sua opinião clara: somos contra o texto do congresso e do Senado. Não acreditamos na anistia de desmatadores, na redução de áreas de preservaão permanente e nem na destruição dos manguezais.

Convide seus amigos e vamos a luta!
Assista ao vídeo que faz parte de uma campanha contra as alterações do Novo Código Florestal! -
 http://www.youtube.com/watch?v=7AJZ_4UK7cg

Acesse o link para encontrar os telefones dos seus deputados (planilha do excel):
http://dl.dropbox.com/u/43523656/telefones%20dos%20deputados%20federais.xlsx

A votação está marcada para próxima terça-feira (13.03.12) e por esse motivo pedimos para que cada pessoa ligue para o gabinete de todos os deputados federais do seu estado e faça pressão para que o Novo Código não seja aprovado.


sexta-feira, 9 de março de 2012

Espécies invasoras no Nordeste Brasileiro

Nesta publicação encontram-se informações sobre abelhas. A Apis mellifera está relacionada como espécie invasora (pág. 28 e 38) e traz  riscos às abelhas nativas. Quanto a uma espécie vegetal que ameaça as abelhas é citada a "Espatódea", cujas flores envenenam as abelhas .Invasoras
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quinta-feira, 8 de março de 2012

Código Florestal - Postagens Reunidas

REUNIDAS POSTAGENS SOBRE CÓDIGO FLORESTAL
Recomendamos o Blog Ciência e Meio Ambiente, da jornalista Verônica Falcão, para quem deseja encontrar diversas postagens (todas reunidas) sobre a discussão do Código Florestal.
Obs.:Na "barra" principal do blog tem um link para os artigos sobre Código Florestal.

 http://jc3.uol.com.br/blogs/blogcma/categoria.php?pag=1&cat=132


"As alterações proposta para um novo Código Florestal ameaçam a conservação das abelhas nativas".
APIME

segunda-feira, 5 de março de 2012

Novo Código Florestal - o que ha por trás?

5/03/2012 - 06h00

Novo Código Florestal deve anistiar 75% das multas milionárias

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DE SÃO PAULO
Hoje na Folha A aprovação do novo Código Florestal, prevista para esta semana, deve levar à suspensão de três em cada quatro multas acima de R$ 1 milhão impostas pelo Ibama por desmatamento ilegal, informa reportagem de Lúcio Vaz e João Carlos Magalhães, publicada na Folha desta segunda-feira (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A Folha obteve a lista sigilosa e atualizada das 150 maiores multas do tipo expedidas pelo órgão ambiental e separou as 139 que superam R$ 1 milhão. Dessas, 103 (ou pouco menos que 75%) serão suspensas, se mantido na Câmara o texto do código aprovado no Senado. Depois, segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff.
Pelo texto, serão perdoadas todas as multas aplicadas até 22 de julho de 2008, desde que seus responsáveis se cadastrem num programa de regularização ambiental. As punições aplicadas depois disso continuarão a valer.
Leia mais na edição da Folha desta segunda-feira, que já está nas bancas.

Editoria de Arte/Folhapress
Cartas da Amazônia

A maior grilagem acabou


Nesta semana a subseção da justiça federal de Altamira, no Pará, vai receber os autos do processo sobre a maior grilagem de terras da história do Brasil, talvez do mundo. São quase 1.500 páginas de documentos, distribuídos em seis volumes, que provam a forma ilícita adotada por um dos homens mais ricos e poderosos do Brasil contemporâneo para se apossar de uma área de 4,7 milhões de hectares no vale do rio Xingu.
Se a grilagem tivesse dado certo, Cecílio do Rego Almeida se tornaria dono de um território enorme o suficiente para equivaler ao 21º maior Estado do Brasil. Com seus rios, matas, minérios, solos e tudo mais, numa das regiões mais ricas em recursos naturais da Amazônia.
O grileiro morreu em março de 2008, no Paraná, aos 78 anos, mas suas pretensões foram transmitidas aos herdeiros e sucessores. A "Ceciliolândia", se pudesse ser contabilizada legalmente em nome da corporação, centrada na Construtora C. R. Almeida, multiplicaria o valor dos seus ativos, calculados em cinco bilhões de reais.
Com base nas provas juntadas aos autos, em 25 de outubro do ano passado o juiz substituto da 9ª vara da justiça federal em Belém mandou cancelar a matrícula desse verdadeiro país, que constava dos assentamentos do cartório imobiliário de Altamira em nome da Gleba Curuá ou Fazenda Curuá.
O juiz Hugo Sinvaldo Silva da Gama Filho reconheceu que os direitos conferidos por aquele registro eram nulos, "em razão de todas as irregularidades que demonstram a existência de fraude no tamanho da sua extensão, bem como a inexistência de título aquisitivo legítimo".
Além de mandar cancelar a matrícula do imóvel, o juiz ordenou "a devolução da posse às comunidades indígenas nas áreas de reserva indígena que encontram-se habitadas por não-índios". Condenou a empresa ao pagamento das custas processuais e da verba honorária, que fixou em 10 mil reais.
No dia 9 de dezembro a sentença foi publicada pela versão eletrônica do Diário da Justiça Federal da 1ª Região, com sede em Belém e jurisdição sobre todo o Pará, o segundo maior Estado brasileiro. No último dia 15 de fevereiro os autos do processo foram devolvidos à subseção federal de Altamira, em cumprimento à portaria, baixada em novembro do ano passado.
A portaria determinou "que a competência em matéria ambiental e agrária deve se limitar apenas aos municípios que integram a jurisdição da sede da correspondente Seção Judiciária".
É provável que a única intervenção do juiz de Altamira se restrinja a extinguir a ação e arquivar o processo. Tudo indica que a Incenxil, uma das firmas de que Cecílio Almeida se valia para agir, não recorreu da decisão do juiz Hugo da Gama Filho. Ou por perda do prazo, que já foi vencido, ou porque desistiu de tentar manter em seu poder terras comprovadamente usurpadas do patrimônio público através da fraude conhecida por grilagem.
A sentença confirma o que reiteradas vezes declarei nesta coluna e no meu Jornal Pessoal: Cecílio do Rego Almeida era o maior grileiro do Brasil — e talvez do mundo — até morrer. E até, finalmente, perder a causa espúria. Por ter dito esta verdade, reconhecida pela justiça federal, a justiça do Estado me condenou a indenizar o grileiro.
A condenação original foi dada por um juiz substituto, que fraudou o processo para poder juntar a sua sentença, quando legalmente já não podia fazê-lo. Essa decisão foi mantida nas diversas instâncias do poder judiciário paraense, mesmo quando a definição de mérito sobre a grilagem foi deslocada (e em boa hora) para a competência absoluta da justiça federal.
Se a Incenxil não recorreu, a grilagem que resultou na enorme Fazenda Curuá foi desfeita. Mas essa decisão não se transmitiu para o meu caso, o único dos denunciantes da grilagem (e, provavelmente, o único que mantém viva essa denúncia) a ser condenado.
Em um livro-relâmpago que estou lançando em Belém junto com uma edição especial do Jornal Pessoal, reconstituo a trama urdida para me levar a essa condenação e me tirar do caminho do grileiro e dos seus cúmplices de toga.
Como vítima de uma verdadeira conspiração entre empresários, advogados e membros do poder judiciário, considero a minha condenação um ato político. Seu objetivo era me calar.
Mas calar não só aquele que denuncia a grilagem e a exploração ilícita (ou irracional) dos recursos naturais do Pará (e da Amazônia). É também para punir quem acompanha com muita atenção a atuação da justiça e a crítica abertamente quando ela erra, de caso pensado. E tem errado muito.
As atuais dificuldades enfrentadas pela ministra Eliana Calmon, corregedora do CNJ, têm origem numa barbaridade cometida por uma juíza paraense e confirmada por uma desembargadora. No mês passado a juíza foi promovida a desembargadora, a despeito de estar passível de punição pelo Conselho Nacional de Justiça.
Decidi tirar uma edição exclusivamente dedicada ao meu caso não para me defender, mas para atacar. Não um ataque de retaliação pessoal, mas uma reação da opinião pública contra os "bandidos de toga", que usam o aparato (e a aparência) da justiça para atingir alvos que só a eles interessa.
Também contra os que se disfarçam de julgadores para agir como partes; que recorrem aos seus poderosos instrumentos para afastar todas as formas de controle que a sociedade pode exercer sobre os seus atos.
Por isso decidi não recorrer da condenação que me foi imposta e conclamar o povo a participar de uma campanha pela limpeza do poder judiciário do Pará. Nossa força é moral. E ela deriva do fato de que temos a verdade ao nosso lado.
A verdade é a nossa arma de combate. Com ela iremos ao tribunal, no dia em que ele executar a sentença infame contra mim, para apontar-lhe a responsabilidade que tem. Não satisfeito em defender os interesses do saqueador, do pirata fundiário, ainda nos obriga a ressarci-lo porque a verdade causa dano moral ao grileiro.
Que moral é essa? A dos lobos, que predomina quando é instituída a lei da selva. Sob sua vigência, vence o mais forte. O resultado é essa selvageria, que se manifesta de tantas e tão distintas formas, sem que nos apercebamos da sua origem.
Frequentemente ela está no Poder Judiciário, o menos visível e com menos controle social de todos os três poderes estabelecidos na constituição. Esse poder absoluto precisa acabar. Para que, com ele, acabe um dos seus males maiores: a impunidade. Queremos um Pará melhor do que esta selvageria em que o estão transformando.

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas
Uma jovem planta de umburana de cambão