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domingo, 19 de fevereiro de 2012

A Colméia Nordestina


COLMÉIA  NORDESTINA
Colméia Nordestina
                                           
  F.Chagas e Selma Carvalho
              granjasaosarue@terra.com.br
















- Colméia Racional: Colméia com alças ou gavetas superpostas ou empilhadas, com medidas diversas a fim de comporem ninhos e melgueiras, mais o teto.
- Colméia Nordestina: Caixa comprida de madeira, com uma divisão interna menor destinada às crias, e a maior para os potes.

Ambas as colméias são bem aceitas por todas as abelhas indígenas nordestinas, adaptando-se apenas as suas medidas.
           São muito louváveis as tentativas de se criar uma colméia que facilite todas as operações de manejo. Os melhoramentos nas Colméias Racionais são sempre bem vindos: a promessa de colheita do mel mais higiênica, maior produtividade com a reutilização dos potes com conseqüente incentivo aos seus re-enchimentos, e maior facilidade na multiplicação com a utilização do sobre-ninho de colméia forte na formação da nova família.
           O exemplo do Reverendo Langstroth, que em 1851 descobriu o significado do “espaço abelha” e inventou uma colméia que revolucionou a apicultura mundial, nos deixa esperançosos de que possa ser inventada a colméia ideal para a meliponicultura.

           Não podemos, porém, fazer inferência do grande conhecimento que temos da “Apis mellífera” para os “Meliponíneos”. São grandes as diferenças que devem ser observadas quando pensamos num modelo de colméia, como por exemplo:

1.      - A  Apis mellífera deposita seu alimento sempre acima da cria;
      - Os meliponíneos mais comumente abaixo da cria, mas também na parte acima ou nas laterais da cria;

2.      - A  Apis mellifera reaproveita os seus favos de cria e alimento;
       -  Os meliponíneos não reaproveitam seus favos de cria. Os potes de alimento esvaziados após a florada são destruídos e o seu cerume depositado nas paredes de outros potes.

3.      - A  Apis mellifera não reutiliza sua cera na construção de outros favos;
       - Os meliponíneos reutilizam totalmente o seu cerume na construção de novos favos e potes.

4.      - A  Apis mellifera remenda seus favos danificados (na centrifugação, P.ex.);
       - Os meliponíneos não “gostam” de remendar seus potes danificados ou deixados vazios: são construtores ou arquitetos por natureza. Reutilizam, para esse fim, todo o cerume fornecido interna ou externamente.

         Já em 1948, o Dr. Paulo Nougeira-Neto criava a primeira colméia PNN a qual veio sendo aperfeiçoada pelo autor através dos anos. O último modelo nos foi presenteado após apresentação no Congresso Ibero-Latino-Americano, em Natal-RN, no ano passado (2010).
          A colméia PNN ajudou enormemente o desenvolvimento da meliponicultura no Brasil (e no exterior). Achamos que a colméia PNN está para a meliponicultura assim como a langstroth está para a apicultura. O que seria dos meliponicultores surgidos nos últimos 60 anos se não fosse PNN a nos mostrar o caminho!

            No Nordeste brasileiro, a tradição de criação de abelhas sem ferrão é muito antiga, inicialmente em troncos e posteriormente em caixas cuja referência já tivemos no século 19. Esse tipo de caixa ou cortiço foi batizado por Dr. Paulo Nogueira-Neto como “Colméia Nordestina”.
            A Colméia Nordestina, como dissemos nas definições iniciais, era uma caixa comprida de madeira, com uma divisão interna menor destinada às crias e a maior para os potes, e um dreno para o mel na parte de trás.
Mas evoluiu:
             - Nos anos 50 (1950) verifiquei que meu pai passou a usar os pregos da tampa a meio caminho, para facilitar a abertura. Depois passou a não usar pregos na tampa, mas duas amarras feitas com arame 18;
             - No início dos anos 60, o Monsenhor Huberto Bruening (com quem tive o privilégio de conviver por 10 anos, ele como meu vigário e eu como seminarista da sua paróquia) adotou as dobradiças e as aldravas. Adotou também taliscas na tampa para melhorar o fechamento, e uma segunda tampa em vidro para facilitar a inspeção ou observação.  Usou ainda a Colméia Nordestina na posição vertical;

             - Já morando em Pernambuco, adaptei uma idéia para proteção contra lagartixa adotando um caneco defendendo a entrada da Colméia Nordestina, melhoria citada e aprovada por Dr. Paulo Nogueira-Neto no seu livro (Pag. 387);

            - Com a idéia do Dr. Renato Barbosa (dentista e meliponicultor em Recife) de se usar o sugador odontológico na coleta do mel, abolimos o dreno traseiro,  para esse fim, da Colméia Nordestina, e passamos a coletar esse produto com o máximo de higiene;

              - Com a idéia do meliponicultor de Paulista-PE, Alcides Alves dos Santos, de se usar acetato na sob-tampa ao invés do vidro criado por Monsenhor Huberto, e de usar feltro substituindo as taliscas do Monsenhor, passei a adotar mais esse melhoramento na Colméia Nordestina. Em lugar do feltro estou usando uma tira retirada de um lençol de borracha de 2 mm de espessura.
             - Na Colméia Nordestina podemos usar túneis artificiais com até 60cm de comprimento, nas regiões com muitos forídeos.
             - Uma pequena modificação que adotei para a Colméia Nordestina foi a entrada lateral possibilitando o seu manejo sem retirá-la do lugar e seu uso tanto em estantes (meliponário) ou em pés (cavaletes) individuais, como nos beirais das cobertas de residências.
              Atualmente tenho poucas colméias de alças como também não adoto mais Colméias Nordestinas na posição vertical (como fazia há 30 anos) pelo motivo constatado por Dr. Paulo Nogueira-Neto em visita a nossas instalações e citado em seu livro (Pag.141): ao abrir, caíam abelhas novas.
               Os nossos cortiços são tidos como retrato do passado, coisa de caboclo, de índio. Para uns o nome Racional não se aplica à nossa colméia.
               Porque, então, os grandes meliponicultores do nordeste ainda usam a Colméia Nordestina, apesar de conhecerem e já terem experimentado a colméia de alças?
              Citemos alguns deles:
- Dr. Renato Barbosa              - Recife – PE
- Dr. Tertuliano Aires Neto    -Natal – RN
- Cel. Sérgio Guimarães         - Natal – RN
- Paulo Menezes                    - Mossoró- RN
- Kalhil  Pereira França          - Mossoró – RN
- Afonso Gui                            - Igarassu – PE
- Leo Pinho                               - Igarassu – PE
- Alcides Alves dos Santos    - Paulista - PE
- Ezequiel Medeiros              - Jardim do Seridó – RN
- E outras centenas, da Bahia ao Maranhão.

            Não quero fazer proselitismo em favor da Colméia Nordestina. A colméia de alças ou Colméia Racional é uma excelente idéia, a qual, como disse antes, abriu caminho para novos e numerosos meliponicultores que surgiram principalmente nas regiões com menos tradição na criação de abelhas sem ferrão. Conheço regiões no Nordeste em que quase todas as casas de caboclo tem cortiços de abelhas pendurados. O crescimento da meliponicultura nas demais regiões do Brasil deve, sem dúvida, sua parcela importante à criação da Colméia Racional PNN.  Quem almeja criar abelhas quer saber primeiro em que, depois como.
           Quem adotou a Colméia Racional continue com ela, pois satisfaz plenamente. Não faça como nós que no passado mudamos as abelhas de nossas colméias de alças para as Colméias Nordestinas, somente com a finalidade de facilitar o nosso tipo de manejo.  Em Mossoró-RN, temos um marceneiro, o Sr. Miguel das Gaiolas que fabrica, também, excelentes colméias de alças em imburana-de-cambão. Nós temos delas com Jandaíra e com Uruçu, cujo manejo só vem reforçar nossa opção pela Colméia Nordestina.


            Sem pretendermos ser exclusivistas, justificamos, a seguir, essa nossa opção particular pela Colméia Nordestina, mais como uma atitude de esclarecimento frente às referências pejorativas a nós dirigidas pelos modernos inventores de Colméias Racionais:

1.      Com o advento das dobradiças e aldavras adotadas pelo Monsenhor Huberto, a Colméia Nordestina nos proporciona maior rapidez na inspeção e na alimentação artificial. Apenas  30 segundos são necessários para as operações de abrir, inspecionar, alimentar, fechar sinalizar externamente o resultado da inspeção.

2. O uso das dobradiças e aldravas nos permite um fechamento igual ao anterior,  proporcionando  menos trabalho das abelhas na vedação  de brechas e menos trabalho do meliponicultor na limpeza futura da própolis acumulada. Havendo algum deslocamento da própolis, o não fechamento das aldravras nos denuncia. Temos colméias com 30 anos fechamento do mesmo modo sem nunca terem sido despropolizadas.
    
 3.      O uso do Sugador Odontológico, adotado pelo Dr. Renato, nos permite colher o mel com higiene e praticidade, sendo o cerume colhido nessa operação devolvido externamente às “arquitetas”. Esse novo manejo na coleta do mel nos permitiu eliminar da Colméia Nordestina o dreno traseiro para “despesca” do mel e a tábua divisória interna.

4.      Com o uso do acetato e da vedação na tampa, adotado pelo Sr. Alcides, minorizamos o estresse das abelhas ao se abrir a colméia, com uma menor exposição à temperatura externa, e minimizamos o ataque defensivo contra o meliponicultor e a propolização.
5.      Na multiplicação, sabendo que existe sempre um espaço entre os discos        (ou espirais) de cria nascente e a cria nova, onde se encontra comumente a rainha, nós retiramos o bloco inteiro de cria nascente (pegado pelas laterais, para não diminuir o espaço-abelha) e o colocamos na caixa-filha. A rainha sempre deverá ficar na caixa-mãe, senão esta provavelmente não sobreviverá! As abelhas novas que se encontram entre os discos e são transladadas para a caixa-filha fazem parte do fechamento do ciclo na nova família.
6.      As Colméias Nordestinas podem ser arrumadas tanto em estantes para colônias de abertura frontal como em estantes para as de abertura lateral. Podem ser usadas em pés individuais ou penduradas em alpendres e beirais de casas.
 
Com relação às medidas da Colméia Nordestina, não existe um padrão. Seu espaço interno deve ser compatível com o tamanho da família que vai se criar nela e com o manejo do meliponicultor. Por exemplo, uma colméia para Uruçu Verdadeira deve ser bem maior que uma para Manduri; quem colhe mel só uma vez no ano deverá usar uma colméia maior do que quem colhe duas vezes. A espessura das paredes dependem da necessidade de maior ou menor proteção do frio ou do calor.
Nós, usamos, particularmente, Colméia Nordestina com as seguintes medidas:

Para Uruçu Verdadeira, Uruçu Amarela, Tiúba, Tubi, Mandaguari, Tubiba e Cupira, colméias medindo internamente 15cm x 15cm x 75cm.

Para a Uruçu Verdadeira o Dr. Tertuliano usa colméia de 20cm x 19cm x 75cm e o Dr. Renato  usa 17,5cm x 23cm x 70cm.

Para Jandaíra, Mandaçaia e Uruçu de Chão usamos, particularmente, colméias medindo 15cm x 15cm x 50cm.

Para Jandaíra, Dr. Tertuliano usa 11cm (alt.) x 10cm (larg.) x 75cm (comp.).   Dr. Renato usa  15cm (alt.)  x  11cm(larg.) x 50cm (comp.).   Ezequiel Medeiros usa 10cm (alt.) x 8,5cm (larg.) x 90cm (comp.), com ninho e melgueira separáveis.                                                                                                 
Mons. Huberto usava 15cm (alt.) x 15cm (larg.) x 40cm (comp.), (caixas verticais) e 12cm (alt.) x 10cm (larg.) x 80cm (comp.) (usada na horizontal).. Temos uma colméia que pertenceu ao Mons. Huberto que tem escrito, internamente na tampa “Luiz Otávio de Lima fez 30.1.1967  P.HB”. Esta mede 14cm (alt.) x 12cm (larg.) x 75cm (comp.).E seu discípulo Paulo Menezes usa 10cm (alt.) x 07cm(larg.) x 75cm(comp.).

Para Manduri, Jati, Moça Branca e outras famílias menores, usamos colméias medindo 9cm (alt.) x 9cm (larg.) x 50cm (Comp.).
São só exemplos de que a Colméia Nordestina, mesmo com suas variações de medidas, proporciona sucesso aos nossos grandes meliponicultores.
Um destaque para as Colméias Nordestinas usadas pelo meliponicultor Cel. Sérgio, de Parnamirim –RN. São obras de arte. Além de famílias fortes as casas são lindas.
O criador Alcides, de Paulista-PE, trocou a madeira pelas placas de fibracimento, com grande sucesso. Não contém amianto. É o retrato da criatividade que alavanca a meliponicultura.

Para concluir: A Colméia Nordestina é simples, como simples são as nossas abelhas sem ferrão, como simples somos nós sertanejos, que com manejo simples não as deixaremos se extinguir.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Carnaval em Defesa da Mata do Engenho Uchoa

A Troça Carnavalesca Mista "Arrebenta Sapucaia" saiu neste domingo, dia 12.02.2012 pelas ruas do bairro do Barro - Recife - PE em defesa da Mata do Engenho Uchoa. É o seu quinto ano de desfile.
A Troça Carnavalesca Mista é integrada por ambientalistas do Movimento de Defesa da Mata do Engenho e moradores dos bairros do entorno. É uma das ações do Movimento para alertar sobre a importância da área para a cidade do Recife - PE. O Engenho Uchoa possui 192 hectares, localizado entre a BR-101, Bairro Uchôa, Av. Recife, é cortado pelo Rio Tejipió e  possui áreas de vegetação de mata atlântica e de manguezal.  

A defesa do Engenho Uchôa representa um marco do Movimento Ambientalista em Pernambuco, pois foi a partir dessa luta ambiental, que contou com a presença marcante do Professor Ecólogo Vasconcelos Sobrinho, iniciada na década de 80, que  se deu o início do movimento ambientalista.



Após o desfile da Troça pelas ruas do bairro os foliões foram se confraternizar e comemorar os cinco anos de aniversário da troça.
Hamiton Poeta declamando versos de músicas do carnaval pernambucano.

Deputado Federal Pernambucano Fernando Ferro e o Poeta Hamilton prestigiaram o desfile da "Arrebenta Sapucaia"


A sapucaia é uma árvore da mata atlântica, símbolo do Engenho Uchoa. Tem flores rouxas  e seu fruto em forma de "coco" contém amêndoas no seu interior. Quando o fruto maduro, lança suas amêndoas a partir de abertura originada com o rompimento de uma "tampa"  localizada na parte inferior do fruto, originando o termo "Arrebenta Sapucaia".

Foliã exibindo o fruto da sapucaia - "sapucaia de pilão"
A APIME apóia e integra o Movimento em Defesa da Mata do Engenho Uchôa. A área proposta para ser criada uma Unidade de Conservação, categoria Parque Natural Municipal, representa um refúgio da vida silvestre, inclusive de abelhas, na área urbana do Recife.

Trilha na APA do Engenho Uchôa
Vista aérea do Engenho Uchôa - Áreas verdes do lado direito da fotografia.


terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

"Mangue Faz a Diferença!" - Código Florestal

BATE-PAPO
"MANGUE FAZ A DIFERENÇA"
09 DE FEVEREIRO - QUINTA FEIRA - ÀS 15 H

Divulgamos campanha organizada pela entidade ambientalista SOS Mata Atlântica, através da Conexão Mata Atlântica sobre as ameaças que a alteração do Código Florestal traz para as áreas de manguezais.

Nessas áreas de manguezais e apicuns vivem abelhas nativas e estas também são ameaçadas com a destruição desse ecossistema.

As alterações do Código Florestal ameaçam as abelhas nativas.

Divulguem e Participem!



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

3º Encontro Latino Americano de Apicultores e 4º Congresso Cubano de Apicultura

APICULTURA 2012

DATA: 03 a 06 de Abril de 2012
Local: Palácio de Convenções de Havana, Cuba

A Sociedade Cubana de Apicultores (CUBAPI/ACPA), o Centro de Investigações Apícolas (CIAPI), a Empresa Cubana de apicultura (APICUBA) e o Grupo Empresarial de Agricultura de Montanha, do Ministério da Agricultura, tem o prazer de convidá-los a participar no 3º Encontro Latino Americano de Apicultores e 4to Congresso Cubano de Apicultura, que será celebrado na Cidade de Havana, entre os dias 3 e 6 de Abril de 2012.

O evento propõem continuar e atualizar o intercambio e o diálogo iniciado nos eventos anteriores entre apicultores, profissionais, especialistas e cientistas relacionados á Apicultura, as investigações e o comercio dos produtos da colméia e sua utilização para a nutrição e saúde. Os trabalhos relacionados com a preservação da abelha, a seleção e criação de abelhas tolerantes ás doenças e a qualidade dos produtos da colméia, será um elemento especial do congresso.

O Congresso é um momento propicio para intercambiar e debater os problemas, resultados obtidos nos últimos anos na Apicultura cubana e regional.


COMITÊ ORGANIZADOR

Presidente do Congresso: M. Sc. Adolfo Pérez Piñeiro

Temáticas

  • Apicultura Genética
  • Flora melífera e polinização
  • Gestão e exploração de colméias
  • Economia apícola
  • Patologia apícola
  • Produtos apícolas
  • Gestão da qualidade na Apicultura
  • Meliponicultura

Modalidades de Apresentação

  • Conferências
  • Cartazes
  • Mesas redondas

Cursos Pós-Congresso

Na semana posterior ao congresso, do dia 9 ao 13 de abril de 2012, serão ministrados cursos Pós-congresso das seguintes Temáticas:
  • Seleção e Criação de Abelhas tolerantes ás doenças.
  • Controle da qualidade dos produtos da colméia.
  • Apiterapia.

 INFORMAÇÕES:

http://www.eventosemcuba.com.br/calendario/2012/apicultura12.html

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Primeira Unidade de Conservação Estadual da Caatinga é criada em Pernambuco



No dia 30 de janeiro de 2012 foi criado o Parque Estadual Mata da Pimenteira, com 887,24 hectares no município de Serra Talhada - PE (500 km do Recife).


Esta é a primeira unidade de conservação estadual criada no Bioma Caatinga no Estado de Pernambuco. Outras unidades de conservação federais já existem, como o Parque Nacional do Catimbau (Buique - PE) e a APA do Araripe (Chapada do Araripe).
A criação do Parque Mata da Pimenteira foi resultado de uma articulação de diversas instituições junto à recém criada Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Governo do Estado de Pernambuco.
A referida área protegida abriga uma riqueza faunística significativa, com a presença de animais como catetos, gatos do mato, onças sussuarana, macacos prego, abelhas nativas entre outros.

 A APIME como entidade integrante do Conselho Estadual do Meio Ambiente  apoiou essa iniciativa desde os primeiros momentos.
APIME

 
DECRETO ESTADUAL


Consema aprova criação do Parque Estadual Mata da Pimenteira

16/12/2011                                                                       Fonte: SEMA PE - http://www2.semas.pe.gov.br


O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema) se reuniu na manhã desta sexta-feira (16/12) para a última reunião do ano. Na pauta estava a votação da proposta técnica para criação do Parque Estadual Mata da Pimenteira que será implantada em Serra Talhada, a 450 Km do Recife. Com apenas duas abstenções e 20 votos a favor, o Conselho aprovou a criação daquela que será a primeira Unidade de Conservação (UC) estadual em área de Caatinga. Até o final do ano a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) vai encaminhar ao governador, Eduardo Campos, a minuta de lei para criação do Parque.

No início deste ano técnicos da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e da Semas, começaram o processo de análise e reconhecimento das áreas que vão compor essa UC. Com 887 hectares, o Parque Estadual Mata da Pimenteira será composto por fragmentos da Serra Talhada, Serra Branca e da Mata da Pimenteira, que vai dar nome ao Parque. A criação da UC vai contribuir para a preservação e a restauração da diversidade ecológica da Caatinga naquela região.

As características biológicas da área e a necessidade de ampliar as atividades de pesquisas já existentes no local levaram os técnicos da Semas e da CPRH a categorizar a UC como Parque Estadual permitindo assim a realização de atividades ecoturísticas ressaltando as vocações naturais, culturais, artísticas, históricas da região.

O secretário executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Semas, Hélvio Polito, explicou que área onde será implantada a UC foi identificada, segundo estudos da UFRPE, como área de alta importância biológica para conservação. "A Universidade de Pernambuco e a UFRPE já possuem centros de pesquisa naquela região. O Parque Mata da Pimenteira será o quintal das universidades, possibilitando que elas realizem pesquisas criando assim uma cadeia de informações para preservação da Caatinga, um Bioma ainda pouco estudado na sua biodiversidade", enfatizou.

Em junho deste ano a Semas instituiu o Comitê Executivo para Implantação de Unidades de Conservação em Pernambuco. Desde que foi criado o Comitê já identificou outras 12 áreas prioritárias na Caatinga para criação de novas UC's.


http://www2.semas.pe.gov.br/web/sectma/exibirartigo?companyId=communis.com.br&articleId=6998 


http://pib.socioambiental.org/es/noticias?id=109675



Carta (via e-mail) enviada às diversas instituições pela SEMAS comunicando da assinatura do Decreto efetivando a Criação do Parque da Pimenteira

Caros(as) Amigos(as),

É com grande satisfação que informamos da assinatura, pelo Governador Eduardo Campos, do Decreto Nº 37.823, de 30 de Janeiro de 2012, que Cria o Parque Estadual Mata da Pimenteira, localizado no Município de Serra Talhada, neste Estado.
Esta é a primeira Unidade de Conservação da Natureza , instituída em Pernambuco, pelo Governo Estadual no Bioma Caatinga.
A criação desta Unidade, fruto da iniciativa do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Caatinga, UFRPE (Unidade Serra Talhada), Aspan e Governo de Pernambuco, é uma conquista para todos os “Caatingueiros” de Pernambuco e do Nordeste brasileiro.
A Unidade de Conservação está inserida numa propriedade do Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, denominada Fazenda Saco, distando cerca de 3 km da Cidade de Serra Talhada, possuindo aproximadamente 887,24 ha.
Mando, em anexo, cópia do Decreto, que foi publicado no diário Oficial de 31 de janeiro de 2012, para o conhecimento e divulgação de todos.
Abraço,
Hélvio Polito Lopes Filho
SEMAS - Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade.


Outras informações:
http://www.pe.gov.br/blog/2012/01/19/mata-da-pimenteira-em-serra-talhada-a-450-km-do-recife-e-a-primeira-reserva-estadual-de-caatinga-de-pernambuco/

http://www.interblogs.com.br/sergioxavier/clip.kmf?cod=12825397&pagina=4

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas
Uma jovem planta de umburana de cambão