Vídeos

Visitas

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Sinais de alerta do 'pai' dos ambientalistas - Paulo Nogueira Neto

Bettina Barros
Jornalista da Revista Valor Econômico

Era uma tarde de domingo de maio, pouco depois do almoço, quando o telefone tocou. A então senadora Marina Silva tinha urgência na voz. Pedia ao interlocutor em São Paulo que fosse imediatamente para Brasília. Com a dificuldade em andar amenizada pela ajuda da bengala, Paulo Nogueira Neto aprontou-se, foi ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas, e comprou a passagem aérea. À noite já estava na capital federal.

Primeiro foram encontros com representantes graduados do Congresso. Em seguida, o grupo de ex-ministros do Meio Ambiente reuniu-se com a presidente Dilma Rousseff. A movimentação rápida e silenciosa tentava sensibilizar a presidente em relação às florestas, numa das últimas tentativas de alterar pontos polêmicos do texto final do Código Florestal que seria votado no dia seguinte pela Câmara dos Deputados. "O que querem fazer hoje no Brasil é um retrocesso. É rasgar grandes conquistas", diz Paulo Nogueira.
A frase soa inevitavelmente melancólica para quem ouve esse que é considerado o "pai de todos" os ambientalistas brasileiros. Dr. Paulo, como é respeitosamente chamado por seus discípulos, vê à sua frente o desmoronamento de décadas de preservação, uma história que ele ajudou a criar. Primeiro secretário do Meio Ambiente do país com status de ministro, Paulo Nogueira Neto estabeleceu em seus doze anos de governo os primeiros 3,2 milhões de hectares de florestas protegidas por lei no Brasil e concebeu o Conselho Nacional do Meio Ambiente - o Conama, o "único conselho deliberativo desta República", como gosta de lembrar Marina Silva. Isso em plenos anos 70, período de chumbo da política brasileira.
"As cúpulas militares não entendiam nada de meio ambiente. Mas confiavam em mim, sobretudo o [João] Figueiredo"
Aos 89 anos e com uma imagem pública invejável, ele vê a política sendo feita de forma equivocada - interesses privados e partidários à frente de "interesses maiores da nação".
Mas não perde a esperança de as coisas se ajeitarem. "As mudanças no Código foram aprovadas por fatores políticos que não dependeram da nossa vontade. Foi uma disputa política do Legislativo com a presidente Dilma. Mas não acredito que o Senado aprovará do modo que está", diz dr. Paulo.
Como se sabe, o novo Código Florestal passou na Câmara dos Deputados com pontos que preocupam os ambientalistas. A anistia a produtores rurais que desmataram até julho de 2008 é um deles. O direito dos Estados de legislar sobre o ambiente é outro. "Isso será um desastre. Já se fala em um desmatamento do tamanho do Paraná". E esclarece: "Não sou contra reformas, desde que sejam baseadas em técnica".
Se diz não perder o ânimo, o paulistano Paulo Nogueira Neto, fruto de uma linhagem de políticos e juristas, tampouco perde o gosto pelas discussões estratégicas envolvendo o seu assunto predileto. Apesar do andar lento e da dor constante nas costas ("o grande problema do homem é ser bípede"), quase toda semana segue a Brasília. Reúne-se no Conama, participa de encontros, assiste a debates no Congresso e prestigia ONGs. Quem esteve presente no histórico dia da cisão do Ibama lembra do alto brado de "Viva!" Solto por dr. Paulo após votação que criou o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o ICMBio, em meados de 2007.
A proposta atraiu críticas dentro do próprio governo, mas para ele não havia por que relutar. O fato era que o Ibama tinha se tornado grande demais para administrar tudo sozinho. "Estavam dando muito pouca atenção às áreas de conservação ambiental. Era necessário dividi-lo", argumenta Nogueira Neto, num falar à vontade em meio às suas árvores majestosas, escolhidas décadas atrás para emoldurar o terreno de quatro mil metros quadrados de sua residência em São Paulo.
Desenhada pelo arquiteto Osvaldo Bratke nos anos 50, os traços modernos privilegiam a integração com a natureza ao seu redor, e guardam não só essa porção exclusiva de Mata Atlântica mas histórias esquecidas do Brasil. Guardam também livros - centenas de livros de biologia e ecologia - e uma mesa de condecorações recebidas ao longo e depois da carreira pública, sombreadas pelas oito pinturas enfileiradas de Di Cavalcanti expostas na sala de estar ("séries limitadas que Di vendia, sem tanto valor assim", apressa-se em explicar).
A de que ele mais gosta parece ser o Cândido Portinari à direita. O quadro retrata o momento da retirada do mel da colmeia, a maior de todas as suas paixões. Os estudos sobre abelhas indígenas brasileiras marcaram seu trabalho científico e transformaram um advogado em um renomado ambientalista.
Portinari era amigo de seu irmão, José Bonifácio Coutinho Nogueira, que foi secretário paulista da Agricultura e depois da Educação. Mas não entendia nada de abelhas. Nogueira Neto conta, ainda surpreso, - "como ele não sabia retratar a retirada do mel?" - que teve de emprestar uma fotografia para que o pintor, hoje um dos mais conhecidos do Brasil, fizesse o quadro exibido nesta sala por onde passaram tantas personalidades da política, das artes e das ciências.
A leva de ambientalistas mais jovens não frequentou esse universo privilegiado, mas se formou e esmerou nos ensinamentos do ambientalista.
Marina Silva conheceu o seu trabalho ainda no Acre. Tasso Azevedo, primeiro diretor do Serviço Florestal Brasileiro, ouviu falar em Paulo Nogueira Neto pela primeira vez na faculdade de engenharia florestal. Mário Mantovani e a trupe verde da SOS Mata Atlântica já o reverenciavam quando o convidaram para ajudar a formar a ONG que despontava, duas décadas atrás.
A aproximação mais curiosa, no entanto, talvez tenha sido a do ex-secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente de Marina, o então adolescente João Paulo Capobianco. "Eu jamais imaginaria que aquele menino viraria isso", ri Nogueira Neto.
Capobianco, estudante de segundo grau, procurou-o pedindo ajuda: após herdar a fazenda de café do avô recém-falecido, na divisa de Minas Gerais com São Paulo, parte da sua família queria se desfazer de dois mil hectares de floresta nativa que havia resistido à agricultura. "Meu avô viveu até os 98 anos protegendo aquela mata. Foi o único proprietário da região que não desmatou, enquanto todos os outros vendiam a madeira como forma de sobreviver à crise de 1929", conta Capobianco. "Quando morreu, veio a partilha, e a floresta ficou em risco". Uma professora sugeriu: por que não tentar algo com o dr. Paulo?
"Liguei para ele. No dia seguinte tinha um monte de policiais na fazenda. Foi uma confusão danada, mas eu ganhei a preservação da floresta e arrumei alguns primos que ficaram meus inimigos até hoje".
Paulo Nogueira Neto nasceu ambientalista, mas só descobriu essa vocação numa idade bem mais avançada. Por influência do histórico familiar em ciências humanas, a primeira opção profissional foi Direito na Universidade de São Paulo (USP). Ele se formou, mas a paixão por abelhas o fez enveredar pelo mundo da biologia. Das abelhas para os insetos, dos insetos para ecossistemas, dos ecossistemas para o clima. Voltou à USP para estudar História Natural. Nogueira Neto virou um cientista e fundou, na mesma universidade, o Departamento de Ecologia. Só não abriu mão da carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), diz.
O convite para assumir o primeiro cargo federal destinado ao ambiente veio em 1974, dois anos após Henrique Brandão, então vice-ministro do Interior do governo Ernesto Geisel, chefiar a delegação brasileira do Itamaraty para a Conferência de Estocolmo, a primeira reunião mundial a tentar preservar o ambiente.
Brandão voltou para Brasília incomodado. Dizia que o Brasil precisava de um decreto federal de base para uma futura pasta ambiental - todos os países importantes já tinham isso. Chamou Nogueira Neto para uma opinião sobre o rascunho. Ele leu. E "lascou" a proposta. "Fiz várias críticas. Aquilo não previa nem multas ambientais!"
A espinafrada com conteúdo deve ter impressionado o ministro. Mas feito o convite para assumir o posto criado para ele, dr. Paulo titubeou. A palavra final seria dada, como sempre, por Lúcia, sua companheira de vida. "Só iria se ela concordasse em se mudar para Brasília", diz.
Nogueira Neto tinha base jurídica, formação acadêmica e a paixão inerente aos amantes da natureza, o que já lhe garantia parte do sucesso na empreitada federal. Mas era pouco dado a rodas sociais, ao "networking" necessário para fazer política.
Quem era boa nisso era Lúcia. "Ela fazia o meio de campo que estreitou os meus laços com os diplomatas", lembra ele. Exímia jogadora de bridge, Lúcia era convidada para praticar o jogo de cartas da moda com as esposas dos diplomatas estrangeiros instalados em Brasília. Dr. Paulo ia junto e aproveitava a oportunidade para emplacar conversas sobre o estado do planeta. Graças a essas visitas informais, fez várias viagens ao exterior para conhecer governos e expor a situação ambiental do Brasil. Sempre levava Lúcia - "pagando o bilhete aéreo dela", frisa.
Mas o glamour da diplomacia estava a anos-luz da simplicidade das três salas e cinco funcionários que Nogueira Neto tinha para cuidar da área ambiental. A missão era dura.
O secretário com status de ministro viveu o choque político de criar unidades federais protegidas e a chegada do homem urbano à grande floresta, após a abertura da rodovia Transamazônica. O "Brasil Grande" galopava, os recursos financeiros eram poucos e Nogueira Neto, afinal, falava uma língua praticamente desconhecida dos generais. Ecossistemas. Biodiversidade. A defesa de coisas tão pouco palpáveis devia ser vista como mera platitude de um apaixonado por abelhas. E o Brasil militar tinha assuntos bem mais importantes a tratar.
Em uma das passagens de seu livro de relatos dos tempos no governo federal, dr. Paulo desabafa: "Me sinto exausto. O serviço é ininterrupto, pesado e tensionante. Mas me fascina".
Ele chegou a Brasília não por apadrinhamento político, mas pela profunda compreensão da natureza ao seu redor - inclusive, percebeu-se depois, da natureza humana. Talvez por isso tenha atravessado incólume a dois governos, primeiro Geisel e depois de João Figueiredo, e emplacou as suas vitórias.
Bater de frente, dr. Paulo não batia. Mas ninguém diz que deixou de defender a causa por conta dos obstáculos do caminho. De certa forma, diz ele, era mais fácil trabalhar naquele tempo. "As cúpulas dos governos militares não entendiam nada de meio ambiente. Mas confiavam em mim, sobretudo o Figueiredo". Além disso, "a derrubada da Amazônia não era nada em comparação a hoje".
Convidado em duas ocasiões a filiar-se ao partido político do governo, a Arena, preferiu congregar as pessoas. Ganhou a confiança dos dois lados.
Passou pelo menos uma vez pelo desafio de segurar a rédea da corrupção dentro da sua pasta, a Secretaria de Meio Ambiente. Quando desconfiou que universidades contratadas para a gestão das áreas de conservação ambiental poderiam estar desviando recursos, ele diz ter agido rápido. Pediu prestação de contas e a abertura de uma sindicância para apurar esses convênios.
Para ele, a corrupção, só ocorre se a liderança permite. "Quando o chefe é sério, a instituição toda fica séria também", diz dr. Paulo, pai de três, avô de seis e bisavô de cinco.
Quando deixou o governo, em 1985, o seu ativismo não arrefeceu. Nos anos seguintes, participou da criação de fundações, ganhou prêmios e homenagens. Em 1987, dr. Paulo representou o Brasil na Comissão Brundtland, que resultou no relatório intitulado "Nosso Futuro Comum" e cunhou a expressão desenvolvimento sustentável.
Ícone de uma geração de ambientalistas, ele tem sido um braço invisível de apoio para quem passa pelo Ministério do Meio Ambiente. "O professor sempre me apoiou, apesar das críticas pesadas às medidas para defender as florestas", diz Marina Silva, que estava em férias quando concedeu uma entrevista ao Valor. "Quem se negaria a falar sobre ele? Dr. Paulo é o pai de todos nós".
Se nos anos 70 os interessados em ambiente cabiam em uma Kombi, como falava-se na época, hoje são certamente muito mais. O que Paulo Nogueira Neto fez, então, deve ter valido a pena.

Fonte: Valor Econômico - Link: http://www.valoronline.com.br/

sábado, 28 de abril de 2012

A planta aquática que depende das abelhas

A planta aquática que depende das abelhas apime
View more documents from APIME.

O pesquisador Marcelo Sobral faz parte da APIME

II ENCONTRO DE MELIPONICULTORES DE PILAR DO SUL (SP)

Dia 12 de maio de2012
.
PROGRAMAÇÃO:

Local: Escola Municipal Ensino Infantil Profª. Maria Terezinha P. Yasuda (esquina da Av. Presbítero Jovino Gomes Ribeiro com a Rua Major Euzébio de Moraes Cunha), ao lado do Centro Comunitário e frente Casa Agricultura.

Inicio:
07h00min 
      Recepção com café.
      Matriculas confecção de crachás etc.
07h50min 
       Apresentações.
           
09h00min
        2ª Palestra “Manejo e Nutrição de Abelhas Nativas”.
        Palestrante: Marciel Toquini – Graduado em Ciências Biológicas,
        Fibria Celulose de Piracicaba.
10h00min.
         Café

 11h20min. 
         4ª Palestra “Cidadania Para a Vida” A Sociedade deste Povo Miúdo (Abelhas) para mostrar  
                              aos homens e mulheres. Como podemos construir um mundo melhor.
           Palestrante: José Mauro Souza. Sociólogo/ biólogo graduado em Historia do Brasil e    
           graduando em Ecologia.  Meliponários JULIASMIN, Eletrobrás Furnas – Passos MG.

12h30min.
       Almoço

13h45min.
      Parte prática com José Mauro de Souza e degustação de méis de Meliponíneos.

15h00min.
      Encerramento.

Comissão Organizadora: Meliponicultura Rei Alpha (Nilton Brisola)
Enivaldo Dias de Almeida (Beição)
Apicultura/Meliponicultura LuCeLi: (Nivaldo Casa Lavoura)

INFORMAÇÕES: Os interessados deverão inscrever-se pelo email-beiero.pilar@gmail.com

Fonte: http://beianativa.blogspot.com.br/2011/02/de-meliponicultores-de-pilar-do-sul.html


terça-feira, 24 de abril de 2012

APIME faz homenagem ao Dr. Paulo Nogueira Neto na reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco

A APIME, em sua participação na reunião  do  Conselho Estadual de Meio Ambiente - CONSEMA, no dia 20.04.12,   fez homenagem ao  Dr. Paulo Nogueira Neto, pelos seu aniversário de 90 anos, completados no dia 18.04  e no dia em que o Consema aprovou a criação de duas Unidades de Conservação de proteção integral. 

Dr. Paulo Nogueira Neto foi Secretário Especial de Meio Ambiente do Governo Federal (status de Ministro) nos anos de 1974 a 1986.   Nesse período fez o Brasil avançar em diversas áreas na questão ambiental, principalmente na criação  de Unidades de Conservação em todo o Brasil, garantindo a preservação de milhões de hectares de áreas naturais.
  
Foi fundador do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA.

As undidades de conservação a serem criadas serão: A Estação Ecológica da Serra da Canoa, no município de Floresta - PE, na região do semiárido e a Estação Ecológica Bitá - Utinga, localizada nos municípios do Cabo e Ipojuca, na zona da mata de Pernambuco

38º Reunião Extraordinária do CONSEMA - dia 20.04.12
.
Obs.: Para ouvir a homenagem ao Dr. Paulo Nogueira Neto  ir para o momento de 1h 38min da gravação.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

PARABÉNS APIME, POR SEUS 21 ANOS!

Nossa APIME completou 21 anos neste dia 23 de abril de 2012!

Parabéns a todos os sócios e amigos que tanto contribuiram e contribuem para tantas realizações!

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Paulo Nogueira Neto, uma breve apresentação.

Paulo Nogueira Neto

Paulo Nogueira Neto
Nascido em 18/04/1922, o paulistano tem em seu currículo vários prêmios e condecorações, dentre os quais o Prêmio UNESCO na categoria Ciência e Meio Ambiente (1999).

Um dos fundadores do Depto. de Ecologia Geral, do Instituto de Biociências da USP, o naturalista foi convidado para dirigir e organizar a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), cargo que exerceu por 12 anos (1974-1986) no âmbito do Ministério do Interior e depois do Meio Ambiente e Habitação, onde criou e estabeleceu 3 milhões e 200 mil hectares de 26 Estações e Reservas Ecológicas, além de 1 milhão e meio de hectares em áreas de proteção ambiental.

Foi fundador do CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente, pertenceu à Comissão Brundtland das Nações Unidas (1983-1986) sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, onde foi um dos 2 representantes da América Latina. Foi 2 vezes eleito vice-presidente do Programa O Homem e a Biosfera, da UNESCO. É presidente da Associação de Defesa do Meio Ambiente e, desde 92, da Fundação Florestal de São Paulo.

Fonte: http://www.wspabrasil.org/latestnews/2009/WSPA-recebe-homenagem-em-Sao-Paulo.aspx

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Professor Paulo Nogueira Neto, 90 anos.

Feliz Aniversário!


Hoje, 18 de abril, o professor Paulo Nogueira Neto
completa 90 anos !


A APIME homenageia nosso amigo, ilustre ambientalista e meliponicultor, que tanto nos inspirou e apoiou como instituição.

Durante o mês de abril, publicaremos, através das postagens no nosso blog,  matérias referentes à trajetória desse grande brasileiro.

Quem desejar enviar uma mensagem para o aniversariante poderá encaminhá-la para o endereço:

Laboratório das Abelhas
Rua do Matão trav. 14, n. 321 - 05508-900 - São Paulo - SP - Brasil
Fone / FAX: (55) (11) 3091-7533 
e-mail -  beelab@ib.usp.br
Obs. escrever no envelope ou no assunto dos e-mails "Aniversário Paulo Nogueira Neto"

Uma Trajetória Ambientalista. Diário de Paulo Nogueira-Neto


Baixar o livro em formato pdf:

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Pesquisa brasileira sobre as causas da morte das abelhas. Participe!

Está disposto a participar de um projeto de acompanhamento dos acidentes que levam à morte das abelhas?
A pesquisa está sendo realizada por grupo de pesquisadores das Universidades Federal de São Carlos e a Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" visando o acompanhamento dos acidentes que levam à morte das abelhas.
Tem como objetivo avaliar quais as possíveis causas das constantes perdas que os apicultores e meliponicultores vem sofrendo.

Segundo as orientações dos referidos centros de pesquisa, o único compromisso será notificar o grupo imediatamente quando acontecer um acidente com morte ou desaparecimento das abelhas em um número maior que o normal, e fazer a coleta das abelhas mortas quando necessário.
Para participar os interessados devem preencher o questionário abaixo e enviá-lo para os endereços nele contido.
Questionário agrotóxico e abelhas Malaspina
View more documents from APIME

terça-feira, 3 de abril de 2012

Consulta Pública sobre Animais Ameaçados podem incluir abelhas

O Ministério do Meio Ambiente está fazendo consulta pública, pela internet, com o objetivo de atualizar a base de dados das espécies animais e vegetais ameaçadas de extinção, nas Unidades de Conservação Federal,  através de contribuições de pesquisadores e centros de pesquisas.
Com essa atualização será publicado o novo Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação Federais.

O prazo é até 13 de abril de 2012 para o recebimento das contribuções. No  site do Ministério do Meio Ambiente encontra-se um formulário para ser preenchido on-line.
O formulário encontra-se no seguinte endereço:

No atual Atlas encontram duas espécies de abelhas ameaçadas de extinção:
                                Abelha - Xylocopa (Diaxylocopa) truxalipécies
                                Abelha - Exomalopsis (Phanomalopsis) atlantica


A APIME recomenda aos meliponicultores que divulguem essa  Consulta Pública entre pesquisadores  da área para que, esses eventualmente tendo alguma informação sobre abelhas ameaçadas em áreas de Unidades de Conservação Federal, possam contribuir com o referido Atlas.

APIME

Abaixo postamos notícia do Blog Ciência e Meio Ambiente referente ao assunto.

Consulta pública sobre animais ameaçados

Postagem do Blog Ciência e Meio Ambiente - POSTADO ÀS 14:58 EM 14 DE Março DE 2012
Publicado no Jornal do Commercio, em 14 de março de 2011.

Das 627 espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção, 313 (50%) são encontradas em áreas protegidas pelo governo federal. Para ampliar a lista, publicada ano passado, o Ministério do Meio Ambiente está fazendo consulta pública, pela internet. A ideia é atualizar a base de dados com a ajuda on-line de pesquisadores.
Até 13 de abril, especialistas em grupos de animais e plantas podem incluir registros. Acesse aqui o formulário da fauna e aqui o da flora. O colaborador deve informar o nome completo, instituição a que está vinculado, e-mail e telefone.
A primeira lista também contou com a ajuda de pesquisadores, mas apenas os diretamente consultados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao ministério.
“Agora, queremos ampliar a participação das comunidades científica e acadêmica na confecção do novo atlas”, declara a responsável pelo setor de Análise e Prognóstico da coordenação-geral de Manejo para Conservação do ICMBio, Gabriela Leonhardt.
O Atlas da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção em Unidades de Conservação Federais lista espécies de répteis, aves, invertebrados aquáticos, invertebrados terrestres, mamíferos, peixes e répteis. Embora relacione bichos de todos os grupos, concentra a chamada “fauna carismática”. É que quase 80% dos registros é de aves e mamíferos.
A mata atlântica é o ecossistema com mais registros, totalizando 168 espécies, seguida da região costeira e marinha (107), cerrado (65), caatinga (41), amazônia (32), pantanal (11) e pampa (1). Em relação às categorias de espécies ameaçadas, 36,8% estão criticamente em perigo, 47,9% em perigo de extinção. O restante é “vulnerável.”
A unidade com maior fauna ameaçada na mata atlântica é a Reserva Biológica de Sooretama, no Espírito Santo, com 33 registros. Essa é também a área protegida com mais espécies ameaçadas. A segunda é a Estação Ecológica de Murici (AL) e o Parque Nacional da Serra dos Órgãos (RJ), ambas com 32 espécies da fauna ameaçada.
Em Pernambuco, há nove unidades de conservação federais: Área de Proteção Ambiental (APA) da Chapada do Araripe, APA Costa dos Corais, APA de Fernando de Noronha, Floresta Nacional de Negreiros, Parque Nacional do Catimbau, Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, Reserva Biológica (Rebio) Pedra Talhada, Rebio Serra Negra e Rebio de Saltinho.

domingo, 1 de abril de 2012

Agrotóxico de uso frequente é nocivo para abelhas, segundo cientistas

Colônias de abelhas mais diversas geneticamente são também mais saudáveis, de acordo com pesquisa da Faculdade de Wellesley (Foto: Divulgação / Richard Howard)
29/03/2012 19h24- Atualizado em 29/03/2012 19h24

Pesticida reduz número de rainhas e aumenta casos de morte fora da colmeia.
Uso acentuado pode ser uma das causas da redução do número de abelhas.


Agrotóxico gera prejuízos para colmeias e pode
reduzir população das abelhas (Foto: Divulgação /
Richard Howard)

Um grupo de agrotóxicos altamente utilizado em todo o mundo desde a década de 1990 é nocivo para as abelhas e também para as mamangabas, segundo dois estudos publicados nesta quinta-feira (29) na revista "Science".

A população destes insetos têm sofrido uma diminuição considerável nos últimos anos, especialmente na Europa e nos Estados Unidos. O fenômeno, conhecido como Disordem de Colapso da Colônia, pode ter sido acentuado pelo uso de agrotóxicos neonicotinoid, segundo os novos estudos.
Entre os impactos dos agrotóxicos nas abelhas estão a redução do número de rainhas e perda de peso da colmeia. Além disso, os insetos têm de duas a três vezes mais chance de morrer ao sair do ninho para buscar alimentos.

Mortalidade
Em uma das pesquisas, realizada pelo Instituto Nacional de Investigações Agronômicas (INRA) da França, os cientistas colocaram chips eletrônicos nas abelhas para monitorar seu paradeiro.
Os insetos expostos ao pesticida tiametoxam tiveram dificuldades para chegar a suas colmeias, porque o produto interferia no seu sistema de localização cerebral. O número de insetos mortos pelo caminho foi entre duas e três vezes maior do que entre populações não expostas ao pesticida.
Baseados na taxa de mortalidade observado, os cientistas criaram um modelo matemático que previu que as populações de abelhas "contaminadas" se reduziram em um nível tão elevado que já não permite mais sua recuperação.

Rainhas O segundo estudo, realizado na Universidade de Stirling, no Reino Unido, colônias de abelhas jovens foram expostas a baixos níveis de agrotóxico chamado imidacloprid durante seis semanas.
Depois, os cientistas pesaram as colmeias e verificaram que elas se alimentaram menos em comparação com abelhas não expostas ao pesticida. Em média, o tamanho das colônias foram entre 8 e 12% menores.
Além disso, o número de rainhas foi 85% menor.

Fonte:http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/03/agrotoxico-de-uso-frequente-e-nocivo-para-abelhas-segundo-cientistas.html

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas
Uma jovem planta de umburana de cambão