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quinta-feira, 30 de abril de 2020

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Aranã - Música de Emílio Victtor fala do Povo Indígena Aranã e de mel de abelha jataí.



Aranã  
Emilio Victtor é compositor, músico e cantor mineiro.

Uma linda Canção que faz homenagem ao Povo Aranã e faz referência ao hábito desses povos em comer mel de abelha jataí.

EM CANTO SAGRADO DA TERRA 2: 2019






Os índios Aranã se apresentam dispersos em várias áreas rurais e urbanas dos estados de Minas Gerais e São Paulo. Contudo, o grupo possui maior concentração familiar nas áreas urbanas e rurais dos municípios de Araçuaí e Coronel Murta, no Vale do Jequitinhonha (MG).

As fazendas Campo, Alagadiço, Lorena, Cristal e Vereda são as principais localidades rurais ocupadas pelos Aranã, sendo que na Fazenda Alagadiço há maior concentração de famílias em função da Diocese de Araçuaí ter doado glebas de terra para alguns posseiros na década de 1980. As cidades de Araçuaí, Coronel Murta, Pará de Minas, Juatuba, Betim, Belo Horizonte e São Paulo são as principais áreas urbanas ocupadas pelos Aranã.

Com base em levantamento preliminar realizado em 2000, pelo Conselho Indígena Aranã Pedro Sangê (CIAPS), o povo Aranã ultrapassa o número de 30 famílias.
História e etnogênese

A inserção dos Aranã no movimento indígena e sua busca pela identificação étnica é recente, datando do final da década de 1990, após um grupo familiar da etnia Pankararu, originário de Pernambuco, ter migrado para a Fazenda Alagadiço, município de Coronel Murta, ocupando terra doada pela Diocese de Araçuaí, onde moram algumas famílias aranã.

Até antes da chegada dos Pankararu, o grupo indígena era conhecido pelas denominações Índio e Caboclo do Jequitinhonha. O convívio com os indígenas de Pernambuco, que participavam do movimento e da luta pelos direitos indígenas, estimularam o desejo antigo do grupo de investigação sobre sua origem étnica. Particularmente, o convívio com os Pankararu foi despertando nessas famílias indígenas a reflexão sobre sua condição social e histórica. Num processo crescente de revalorização de sua identidade étnica, esse grupo indígena buscou o apoio da organização não governamental CEDEFES (Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva) para desvelar sua origem e lutar por seus direitos.

De acordo com Dona Rosa Índia, presidente do CIAPS (Conselho Indígena Aranã Pedro Sangê), o desejo de saber a qual povo étnico pertencia sua família sempre existiu. Entretanto, com a presença dos Pankararu e com o apoio da indigenista Geralda Soares e da antropóloga Izabel Mattos seu povo conseguiu o apoio necessário para investigar e descobrir sua origem étnica.

O etnônimo Aranã
A historiografia oficial aponta para a extinção do povo Aranã ainda no século XIX. Contudo, o grupo Aranã contemporâneo remonta sua história a partir de um ancestral -Manoel Índio (também referido como Manoel Caboclo), que foi, segundo a memória oral de seus descendentes, um dos indígenas aldeados em Itambacuri, região do Vale do Rio Mucuri, Minas Gerais.

Em pesquisa nos arquivos do aldeamento capuchinho de Nossa Senhora da Conceição de Itambacuri, a antropóloga Izabel Missagia Mattos localizou registro de Manoel Índio de Souza, identificado como índio Aranã, subgrupo dos famosos Botucudo.

De acordo com a pesquisa documental realizada por Mattos, consta no Livro de Matrícula das Alunas do Colégio Santa Clara, aldeamento de Itambacuri, ano 1918, o registro da aluna Idalina Índia dos Santos, filha de Manoel Índio de Souza, falecido (Livro ano 1908/1927, p. 29). Ainda no mesmo livro de matrícula, todavia em documento datado de 1923, o registro de Idalina Índia dos Santos sofre o acréscimo da sua identificação étnica: Aranã. Estes dados sugerem a possibilidade de o citado Manoel Índio de Souza ser o mesmo Manoel presente na memória oral do grupo familiar Índio.

Mattos (2002a), que compulsou sistematicamente a documentação referente aos aldeados de Itambacuri, informa não ter encontrado o sobrenome Índio associado a quaisquer outras designações étnicas que não Aranã. A relação entre o patronímico Índio e o etnônimo Aranã é reforçada por outra pesquisa documental, realizada pelo professor e historiador José Carlos Machado, na Paróquia de Capelinha. Consta no Livro de Casamento nº 1 da referida Paróquia, registro nº140, p. 203, que:

Aos vinte e um de outubro de mil oitocentos e oitenta e seis, dispensados por mim das três denunciações canônicas, servi de poderes delegados pelo Revmº Sr. Bispo Diocesano, na Capela de Santo Antônio do Surubim, em minha presença e das testemunhas Santos Alves dos Santos e Lucas Pereira de Souza, se receberam em matrimônio Manoel Miguel e Claudiana, índios, ele filho de Miguel Índio, e natural das matas do Surubim, tribo dos Aranã, e ela filha de Joaquim Gomes, índio, e de Luzia, índia, e natural das matas do Bonito. Dei-lhes as bênçãos nupciais. Os nubentes reconheceram como seus filhos Salvina e Delfina, os quais declarei legitimados pelo matrimônio subseqüente. Para constar, faço este assento. O Vigário João Antônio Pimenta.

Apesar dos documentos acima citados apontarem para a possível origem social do grupo em questão, não há necessariamente uma "continuidade histórica" direta entre os Aranã de Itambacuri e os Aranã do Vale do Jequitinhonha.

Os Índio e Caboclo do Jequitinhonha ou Aranã atuais, em processo de emergência étnica, constituíram-se através de um longo processo de aliança e hibridação entre duas principais famílias de origem indígena, na qual apenas uma delas remonta seu passado ao aldeamento missionário de Itambacuri.

Contudo, a forte referência ao aldeamento de Itambacuri e os dados de pesquisa sobre a possível vinculação do sobrenome Índio com o etnônimo Aranã fez com que o grupo, como um todo, num processo dinâmico de busca de sua origem étnica, se identificasse com a história "oficial" do povo Aranã.

Ao remeterem a origem do grupo ao aldeamento de Itambacuri e à ocupação indígena na região do Vale do Jequitinhonha, a história de constituição dos Aranã caracteriza-se pela união entre grupos com origem indígena que foram levados para cidades e fazendas da região e que, ao longo do século XX, constituíram-se como comunidade que traz consigo a consciência da origem indígena.

Assim, mais do que uma identificação genérica, as denominações "índio" e "caboclo" configuram-se, no caso aranã, como patronímico (sobrenome oficial), no caso da família Índio, e como "patromínico apelido" (Mattos, 2002b), no caso da família Caboclo. Para as famílias aranã que possuem o sobrenome Índio, este simboliza, para elas, a "prova" da identidade indígena, a marca da diferença. Já a denominação Caboclo, que não se configura propriamente como patronímico, está, entretanto, tão fortemente presente na identificação intra e extra grupal que podemos entendê-la como um "patronímico apelido".

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Aniversário da APIME: 29 anos da Associação Pernambucana de Apicultores e Meliponicultores

Editorial

29 anos da APIME - Associação Pernambucana de Apicultores e Meliponicultores

O mês de abril é marcado por importantíssimas datas comemorativas como o 02 de abril – Dia internacional do livro infantil, 07 de abril – Dia mundial da saúde, 11 de abril – Dia do infectologista (profissão imprescindível nos tempos atuais), 15 de abril – Dia nacional da conservação do solo, 17de abril – Dia nacional de luta pela Reforma Agrária e dia nacional da Botânica, 19 de abril – Dia do índio, 21 de abril – Tiradentes, 22 de abril – Descobrimento do Brasil e dia Internacional da Terra, 24 de abril – Dia internacional do milho e 28 de abril – Dia nacional da Caatinga.

Hoje, 23 de abril, a APIME - Associação Pernambucana de Apicultores e Meliponicultores, completa 29 anos de existência. A data marca uma longa jornada de atividades ininterruptas voltadas à preservação e conservação das abelhas nativas e muita luta pela conservação do meio ambiente. Muitos embates por vias institucionais também foram travados, dando a valorosa contribuição nas reuniões calorosas dos Conselhos e Comitês Gestores, muita articulação para que pudéssemos divulgar nosso trabalho em espaços públicos (Jardim Botânico - Recife e Mata do Passarinho - Olinda), Entidades de ensino (Escola Waldorf - Paudalho) e em espaços particulares porém que tenham em sua essência a preservação da natureza e a Educação ambiental (Solar das Abelhas – Caruaru, Sítio Progresso e Granja Santa Rita, ambos em Paulista).

Durante a longa jornada, tivemos muitas conquistas e grandes realizações e também tivemos decepções claro, como toda boa jordana tem, porém sempre soubemos contornar as dificuldades e seguir em frente. Hoje, nossa Associação tem um grupo multidisciplinar atuante, que está sempre à postos e que não se nega a participar dos eventos, das reuniões, dos encontros e comemorações. Assim, com esse espírito de união e cooperação vamos seguindo, filtrando e aglutinando aqueles que realmente têm compromisso com a causa das abelhas nativas e do meio ambiente sem, entretanto, buscar algo em troca que não seja o bem estar e o bom viver em associação.

PARABÉNS APIME PELOS 29 ANOS DE LUTA ININTERRUPTA EM PROL DAS ABELHAS NATIVAS E DO MEIO AMBIENTE!

A DIRETORIA

segunda-feira, 20 de abril de 2020

EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE PRÓPOLIS MARROM SOBRE A PRODUÇÃO DE IFN-γ APÓS IMUNIZAÇÃO CONTRA PARVOVÍRUS CANINO (CPV) E CORONAVÍRUS CANINO (CCoV)

EFEITO DO EXTRATO AQUOSO DE PRÓPOLIS MARROM SOBRE A PRODUÇÃO DE IFN-γ APÓS IMUNIZAÇÃO CONTRA PARVOVÍRUS CANINO (CPV) E CORONAVÍRUS CANINO (CCoV)

Maureen Hoch Vieira Fernandes1 
Lilian das Neves Ferreira1 
Gilberto D'Avila Vargas2 
Geferson Fischer2 
Silvia de Oliveira Hübner2 
1Pós-graduandas da Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil - maureenhvfernandes@yahoo.com.br.
2Professores Doutores da Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS, Brasil.

O objetivo deste estudo foi avaliar a capacidade adjuvante imunoestimulatória do extrato aquoso de própolis marrom (EAPM) quando associado a uma vacina contra parvovírus canino (CPV) e coronavírus canino (CCoV), com relação à produção de IFN-γ. Camundongos foram vacinados com CPV e CCoV (3,0x106 TCDI50) em associação ou não com 400 μg/dose de EAPM. Trinta dias após a terceira dose foi realizado cultivo de esplenócitos para mensuração dos níveis de expressão de mRNA para IFN-γ nos animais imunizados. O aumento nos níveis de expressão de mRNA para IFN-γ para CCoV nos esplenócitos dos camundongos inoculados com a vacina contendo 400 μg/dose de EAPM foi evidenciado por RT-PCR, demonstrando a capacidade da própolis em estimular a resposta imune celular contra os antígenos desse vírus. Ao contrário, os níveis de IFN-γ para CPV não sofreram influência da presença do EAPM.
Palavras-Chave: adjuvante; coronavírus canino; parvovírus canino; própolis; vacina

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68912015000200235

Livro - Nossas brasileirinhas As abelhas nativas

 

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas
Uma jovem planta de umburana de cambão