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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Animais Silvestres - Acordo de Cooperação entre o IBAMA e o Governo do Estado

 
A Câmara Técnica de Ética, Saúde Pública e Bem Estar Animal - CT ESPBEA  do  Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco CONSEMA/PE, da qual a APIME faz parte, reunir-se-á (convocação Ofício CONSEMA/PE nº 008/2014) no dia 03/02/2014, às 14h para analisar a proposta de Acordo de Cooperação entre o IBAMA e o Governo do Estado quanto a gestão da fauna silvestre.

Lembramos que o Governo do Estado passou a ser responsável legalmente pela gestão da fauna silvestre (principalmente apreensões, tratamento e reintegração na natureza), porém durante um período, que está se entendendo como período de transição, o IBAMA ainda assume a responsabilidade por essas ações em virtude de possuir quadro de funcionários capacitados e o Centro de Triagem de Animais Silvestres - CETAS, condições essas que ainda estão sendo providenciadas pelo Governo do Estado, razão pela qual se apresenta o Acordo de Cooperação entre o IBAMA e o Governo Estadual.
 
Esclarecemos que a reunião é para os componentes da Câmara Técnica, porém a APIME como representante das entidades ambientalistas naquele Conselho e da Câmara Técnica, vem através deste comunicar sobre a realização dessa reunião para que possa RECEBER CONTRIBUIÇÕES E SUGESTÕES PARA O APRIMORAMENTO DA PROPOSTA.

AOS MELIPONICULTORES consultamos se há alguma questão específica sobre as abelhas nativas a ser abordada na reunião.
 
Informamos que a referida proposta, depois de passar pela Câmara Técnica, será apresentada em reunião do CONSEMA, está aberta para participação do público.
 
Propostas, sugestões, observações podem ser enviadas para o e-mail: apime.pe@hotmail.com ou mesmo publicar como "comentário" nesta página do Blog.

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

APIME promoveu Curso de Iniciação à Meliponicultura para Produtores Rurais de Paulista

A APIME realizou nos dias 17 e 18 de janeiro de 2014 Curso para Produtores Rurais da Associação de Produtores Rurais de Mumbeca II - APRUMU II, em Paulista  - PE.
 
A iniciativa contou com a parceria do IPA - Paulista e da APRUMU II e teve como objetivo levar informações sobre as abelhas nativas e os potenciais benefícios para atividade agrícola através do serviço de polinização. No primeiro dia foi ministrada aula do módulo teórico e na manhã do sábado, o módulo da aula prática.
Para se falar de abelhas precisamos conhecer as flores



Perceber e sentir para entender. Cera alveolada

Explicação de como preparar uma colmeia para divisão de família

Colmeia a ser dividade

Conhecendo a estrutura de uma colméia

Momento de degustar o delicioso mel
 
Além da aprendizagem técnica e de aspectos de valores da conservação ambiental, o curso teve como resultado a formação de uma  nova colônia de abelha uruçu a partir da divisão de "família" resultado da realização da aula prática.
Conhecer as "castas" e os discos de cria.


Presidente da APRUMU II (esquerda) e Adgerlan Codácio (APIME)

Belíssima revoada de abelhas uruçu após a realização da multiplicação da colônia

 Curso contou com  participação de 15 pessoas que no encerramento das atividades receberam o certificado de participação.













 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

APIME e a Estação Ecológica de Caetés promoveram Curso de Iniciação à Meliponicultura

A APIME e a Estação Ecológica de Caetés promoveram, no dia 09 de janeiro de 2014, curso de Iniciação à Meliponiculura voltado a capacitar servidores e parceiros da Unidade de Conservação para que possam lidar com as abelhas nativas naquela Unidade de Conservação.

O curso teve dois módulos, um de aula teórica e outra de aula prática. Foi abordado assuntos que agrangeram temas como diversidade das abelhas, importância na natureza, comportamento, técnicas de manejo da criação de abelhas nativas.

Na aula prática os participantes visitaram um meliponário no município de Paulista - PE.
Todos os participantes tiveram pela primeira vez oportunidade de conhecerem uma colmeia de abelha nativa e o interior de seu ninho.
 
 
 


A Estação Ecológica de Caetés - ESEC Caetés

A Estação Ecológica de Caetés (ESEC - Caetés), Paulista - PE, poderia ter sido transformada num aterro sanitário, mas graças ao empenho da Comunidade de Caetés I, de associações ambientalistas e de outras entidades, a obra foi embargada na década de 80.
 
 
O Governo do Estado de Pernambuco adquiriu a área com seus 157 hectares e a transformou em Reserva Ecológica, com a promulgação da Lei nº 9.989/87. Em dezembro de 1998, através da Lei Estadual nº 11.622/98, a Reserva Ecológica passa para a categoria de manejo denominada Estação Ecológica permitindo, assim, a visitação pública.
 
O remanescente faz parte da Floresta Atlântica que em muitas regiões já desapareceu devido à ação do homem. Nele, podem ser encontrados significativos exemplares da flora e da fauna típicos da Região Nordeste. Além de contribuir para proteção dos recursos hídricos, a ESEC Caetés abriga atividades de educação ambiental conservacionista e de investigação científica, através de pesquisas sobre sua diversidade.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Conservação das Abelhas da Caatinga e da Umburana de Cambão: Prioridades 2014

Prezados leitores,

A APIME – Associação Pernambucana de Apicultores e Meliponicultores pautou  como prioridade para seus trabalhos em 2014  à conservação das abelhas nativas da caatinga e da umburana de cambão.

Em todo o mundo existem milhares de espécies de abelhas, entre espécies sociais e solitárias. No Brasil estima-se existir 200 a 300 espécies sociais. Elas cumprem o importante papel (serviço ambiental) da polinização, em que 90 % das espécies vegetais (com flores) são polinizadas por esses insetos. Assim, as abelhas contribuem significativamente, em alguns casos exclusivamente, na produção de sementes e frutos, o que garante a manutenção da vegetação e da fauna de um bioma. Da mesma forma contribuem no aumento da produtividade agrícola, cuja estimativa que sejam responsáveis por 30% do alimento produzido no mundo.
No Semiárido Brasileiro existem 187 espécies de abelhas. Das abelhas sociais nativas do semiárido, cuja particularidade é não possuírem ferrão, algumas são bastante conhecidas e até dão nome a cidades e localidades, como Sanharó (Cidade), Uruçu-mirim (distrito de Gravatá) conhecida por Jandaíra, Manduri (distrito), Mandaçaia, Canudo, Cupira entre outras.
Outra particularidade é que essas abelhas sociais (a maioria das espécies) fazem seus ninhos exclusivamente em cavidades (ocos) de árvores, onde estabelecem definitivamente sua colônia não mais saindo daquele local, em razão de sua rainha, depois de fecundada não mais voar. Assim, a conservação desses locais de nidificação (essas árvores) se torna fundamental para a existência das colônias e consequentemente da sua preservação e do bioma caatinga.
Apesar de existirem diversas espécies vegetais na caatinga que podem abrigar ninhos de abelhas nativas, duas se destacam: a Umburana de Cambão (Commiphora leptophloeos) e a Caatingueira. (Nessa discussão o foco será a umburana).
A umburana de cambão passa a representar quase um “habitat” quanto a sua importância para vida das abelhas nativas, pois é nela que se baseia a sua existência, a existência de sua colônia, o seu ninho.
Porém, a Umburana de Cambão está sendo dizimada da Caatinga por um processo de sobre exploração predatória e junto com ela, também as colônias naturais de abelhas sociais. As explorações e depredações vão desde queimadas, desmatamentos para empreendimentos, produção de lenha, fabricação de carvão, obtenção de madeira para o artesanato, obtenção de tábuas para confecção de colmeias e até pela ação de meleiros (caçadores de mel).

Mesmo sendo reconhecida sua importância para conservação das abelhas nativas, por meliponicultores, por pesquisadores e pela academia (Martins Celso, Kerr, Paulo Nogueira-Neto, Roubick, Imperatriz-Fonseca, Cortopassi, Marilda, Carvalho, Airton, entre outros), por associações, federações e a Confederação Brasileira de Apicultores e Meliponicultores (CBA), até a presente data não houve uma iniciativa efetiva para a proteção da umburana de cambão como forma de conservar os locais de nidificação de abelhas nativas e de outros animais como os psitacídeos (periquitos, papagaios em que também utilizam a umburana para fazerem seus ninhos).

Assim, essa é a razão da APIME ter trazido à pauta de discussão e luta nesse ano de 2014, esse tema, para ser discutido em várias instâncias e fóruns.
Teremos nas próximas reuniões Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco - CONSEMA/PE esse assunto, onde surgi a grande oportunidade de discutirmos e aprovarmos encaminhamentos e/ou resoluções, de efeito prático e imediato para a proteção das abelhas nativas e outros animais a partir da preservação de uma espécie vegetal.
Acreditamos ser uma proposta única na história da política ambiental, em que se preservando uma só espécie vegetal, se possa desencadear um processo direto de conservação de diversas espécies animais (abelhas e psitacídeos) em todo o bioma.
Queremos construir uma proposta baseada nas recomendações científicas, como a de reconhecer a umburana como “espécie chave” na conservação dos meliponíneos e no que estabelece a Convenção da Biodiversidade da qual o Brasil é signatário. Baseado também nos propósitos do Plano Estadual de Combate à Desertificação onde se destaca a conservação da vegetação como medida de combate à desertificação e a polinização contribui diretamente nesse aspecto.
Precisaremos para isso de decisões acertadas, diretas. Não caberá mais se pensar em medidas paliativas ou de agrado. Caberá sim, “revelar o relevante”, que no caso é a conservação de um bioma, de espécies ameaçadas, do patrimônio natural de toda a sociedade.
Por isso convidamos você a construir essa proposta pautada nesses princípios.
Envie suas sugestões, recomendações, orientações, minutas de resoluções, referências bibliográficas para o e-mail: apime.pe@hotmail.com ou correspondências para o endereço: APIME – Rua da Aurora, 295, Sala 917 – Boa Vista – Recife – PE – CEP 50050-000.

Recife - PE,  02 de janeiro de 2014

Associação Pernambucana de Apicultores e Meliponicultores – APIME

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas
Uma jovem planta de umburana de cambão