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segunda-feira, 31 de março de 2014

APIME participa de atividade de formação de Professores na Estação Ecológica de Caetés

No dia 26 de março de 2014, dentro da programação do Projeto Educadores Ambientais, na Estação Ecológica de Caetés (Esec Caetés), no município de Paulista a APIME participou do 6º módulo do curso, onde proferiu palestra,  que abordou o tema "Abelhas e Meio Ambiente - Produção, Consumo e Sustentabilidade", ministrada por Alexandre Moura e Adgerlan Codácio.
A Gestora da Estação Ecológica de Caetés, Sandra Cavalcanti (na foto a 3a. a direita), explanando sobre o Curso de Formação de Educadores Ambientais. Ao seu lado (direito da foto) a representante da Transpetro, Sra. Patrícia

 
Além dos Professores houve a participação de integrantes da CIPOMA - Companhia Independente de Polícia de Meio Ambiente, de servidores da Agência Pernambucana de Meio Ambiente - CPRH, do Presidente da Associação dos Produtores Rurais de Mumbeca - APRUMU - Paulista -PE e da entidade SERTA que também ministrou palestra dentro da programação do curso
Servidores da CPRH, integrantes da CIPOMA, representante do SERTA (ao lado do pilar) - Sr. Humberto Cariry e do Presidente da APRUMU, Sr, Tiago Melo (ao fundo lado direito).

Os participantes tiveram oportunidade de conhecer uma colônia de abelha uruçu, M. scutellaris, o seu ninho e suas estruturas. Ainda degustaram mel de abelha.

Adgerlan Codácio (APIME) conduzindo a Aula Prática com a demonstração de uma Colônia de Uruçu (Melipona scutellaris)



Momento da degustação do mel.

Para a APIME a importância dessa iniciativa, um curso para Educadores Ambientais, é de oferecer através de uma abordagem diferenciada da técnica-produtiva-comercial elementos outros a aplicação dos conhecimentos sobre meio ambiente formação cidadã de seus alunos dentro e fora da sala de aula.

Nesse formato, a apresentação contemplou três momentos: um "As abelhas" sua importância na natureza e sua diversidade. A sociedade das abelhas abordando alguns aspectos organizacionais sobre a colônia relacionados com a organização da sociedade humana. A atividade apícola, foi outro momento da apresentação, com abordagem sobrea a atividade apícola e  os princípios do valor sobre a Produção, Consumo e Sustentabilidade.

Os 25 professores participantes do curso de formação são da EREN Escola Estadual Luiz Rodolfo de Araújo Júnior, do município de Abreu e Lima - PE

Pagamento por Serviços Ambientais - Materias Reciclados para Catadores - O CONSEMA perde uma oportunidade de avançar sobre o tema PSA

Na última Reunião Extraordinária do Conselho Estadual de Meio Ambiente - PE, em 25.03.14  a APIME apresentou, como resultado da Câmara Técnica Empresas Sustentáveis e Empregos Verdes, a proposta de incluir no Anteprojeto de Lei sobre Pagamento de Serviços Ambientais - PSA, a ser enviado para a Assembleia Legislativa, a questão do Pagamento por Serviços Ambientais para Materias Recicláveis - Catador  (ver postagens anteriores), o que promoveria as atividades dos "catadores".
 
Ao final da apresentação, houve um amplo debate, entre conselheiros que se posicionaram com a proponente (Câmara Temática - representada pela APIME) e os contrários à proposta. A discussão foi baseada em questões conceituais, o que acreditamos que a visão estreita de que pagamento por serviços ambientais só devam acontecer quando os serviços ecossistêmicos se dão apenas nos ambientais naturais, não sendo admitido a visão ampla de os mesmos serviços podem ser mantidos a partir da economia de recursos naturais na natureza, os quais oferecem os serviços ambientais ecossistêmicos (como energia elétrica - hidroelétrica, quando economizada poupa centenas de hectares de áreas naturais e dessa forma promovem a manutenção dos serviços ecossistêmicos. O exemplo disso é o alumínio para ser produzido a partir do minério e o obtido com a reciclagem. Obs. consultar o Relatório do IPEA).
 
Resultado da votação do Consema:
 
a) Votaram SIM pela inclusão do PSA para Materiais Reciclados (catadores)  -06 entidades: 1) APIME, 2) Poder Municipal - Representante da Meso Região Agreste, 3) Universidade de Pernambuco - UPE, 4)Agência Pernambucana de Meio Ambiente - CPRH, 5) Conselho Regional de Medicina Veterinária, Fundação Mamíferos Aquáticos.
b) Abstenções: 02 entidades:  SNE - Soc. Nordestina de Ecologia e ICMbio.
c) Votaram NÃO pela inclusão do PSA para Resíduo Sólido (catadores): 17 entidades, entre elas: 1) Universidade Federal de Pernambuco, 2) OAB, 3) FIEPE, 4) o IBAMA, 5)  a CIPOMA, 6) Conselho Reg. de Química,
 
Avaliamos que houve uma grande perda de oportunidade em não incluir esse tema nessa proposta de lei. o Tema Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos já é uma tendência nacional, em razão de ampla discussão sobre o assunto a ponto do Ministério do Meio Ambiente contratar Pesquisa ao IPEA para realizar um estudo especificamente sobre o assunto.

Maiores informações sobre a reunião do CONSEMA, no Blog da UPE, "UPENOCONSEMA" cujas postagens são feitas pelo Professor Ivo Pedrosa, o qual foi um grande debatedor e defensor da proposta de inclusão do PSA Materias Reciclados na proposta de Anteprojeto de Lei, com uma visão de justiça social com essas pessoas que realizam o recolhimento de materias recicláveis.
 
http://upenoconsemape.blogspot.com.br/

Sugerimos consultar também a Pesquisa do IPEA sobre PSA urbano contratado pelo Ministério do Meio Ambiente
http://www.mma.gov.br/estruturas/253/_arquivos/estudo_do_ipea_253.pdf

terça-feira, 25 de março de 2014

Consema - Pagamento Por Serviços Ambientais - Abelhas Nativas

O Anteprojeto da Política Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais está em discussão no Conselho Estadual de Meio Ambiente, onde a Apime participa.
Nas discussões foi incluída, no Art. 3º da minuta da Política como Serviço Ambiental, a POLINIZAÇÃO por ESPÉCIES NATIVAS, que incluem os meliponíneos e outras abelhas nativas.  Texto abaixo
 
SEÇÃO I – DEFINIÇÕES
      Art. 3º. Para efeito desta Lei, aplicam-se as seguintes definições:
 
...
 
b) Serviços de suporte: os que, assegurando as condições e processos naturais do ecossistema, promovem a ciclagem de nutrientes, a recomposição de resíduos, a produção, a manutenção ou a renovação da fertilidade do solo, a polinização por espécies nativas, a dispersão de sementes, o controle de populações de potenciais pragas e de vetores potenciais de doenças humanas, a proteção contra a radiação solar ultravioleta, a manutenção da biodiversidade e do patrimônio genético, entre outros que mantenham a perenidade da vida na Terra;

Consema - Pagamento Por Serviços Ambientais


Caros amigos,
A APIME como representante do Movimento Ambientalista no CONSEMA em uma primeira consulta sobre o texto do Anteprojeto de Lei sobre Pagamento de Serviços Ambientais recebeu a sugestão de incluir os "catadores" em algum dos subprogramas apresentados naquela primeira versão do Anteprojeto de Lei que seguirá depois de aprovação pelo Conselho, à Assembleia Legislativa.
A APIME na reunião do CONSEMA trouxe à tona a referida discussão o que ocasionou diversos questionamentos e opiniões, inclusive contrárias a inclusão desta atividade para o recebimento do pagamento de serviços ambientais.
A APIME pesquisou e encontrou um documento do IPEA de um estudo contratado pelo Ministério do Meio Ambiente para analisar a questão do pagamento por serviços ambientais pelo recolhimento e reciclagem de materiais.
O referido documento é um excelente trabalho, muito bem embasado e com uma forma clara e simples de abordar o tema. Um dos destaques desse documento é que nele se associa a economia de utilização de insumos a um custo ambiental ecossistêmico economizado pela não utilização dos recursos naturais. 
O exemplo melhor é quando associa a economia de energia elétrica por reciclar materiais, ao custo das áreas inundadas, com eliminação de vegetação e fauna, ou seja, eliminação de serviços ambientais ecossistêmicos em outras áreas que não aquelas urbanas onde se realiza a coleta de materiais.
Esse posicionamento da APIME no CONSEMA determinou a realização de duas reuniões da Câmara Técnica Empresas Sustentáveis e Empregos Verdes - CT - ESEV, onde contou  com a participação dos componentes desta e de outras Câmaras, além de servidores da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade e de convidados como a técnica representante da representante do Ministério de Emprego.
Resultados das Reuniões da Câmara Técnica ESEV - decisões:
  • Há o reconhecimento da prestação de serviços ambientais ecossistêmicos, de maneira indireta,  a partir da reciclagem dos materiais reciclados;
  • Que este serviço ambiental a partir da reciclagem de materiais é entendido quando ocorre uma economia de uso de ambientes e recursos naturais, e que esses referidos usos eliminam ou diminuem, na sua origem, o fornecimento de serviços ambientais ecossistêmicos.
  • O Fundo para Pagamento por Serviços Ambientais deverá possuir mecanismos para identificar as fontes de recursos (seus depósitos) para o PSAecossistêmico e para o PSAurbano, bem como para suas respectivas destinações (pagamento). Ou seja, deverão as fontes e os pagamentos do PSAu serem específicas e não um único recurso só para o pagamento dos dois serviços.
Estamos confiantes de que poderemos, na Reunião do CONSEMA do dia 25.03.14, termos sucesso nessa inclusão. O que significa se dar um passo importante,  construindo um marco legal, talvez o primeiro nessa dimensão de PSA ( em Minas Gerais tem o Bolsa Reciclagem a semelhança de um PSA, mas cujo fundo é mantido com recurso do orçamento do Estado de Minas).
Alexandre Moura

quarta-feira, 19 de março de 2014

Reunião do Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco - Dia 25.03.14

A APIME como integrante do Consema divulga data e pauta da próxima reunião extraordinária. Alguma contribuição para ser apreciada na referida reunião, favor enviar para o e-mail apime.pe@hotmail.com.
 
 

quinta-feira, 13 de março de 2014

Aves ameaçadas por abelhas africanizadas no Cerrado


É crescente a minha preocupação com a ameaça da fauna do Cerrado por abelhas africanizadas. Veja ao lado algumas fotografias feitas em setembro de 2002 de um ninho de papagaio e outras, feitas em setembro de 2004, nas quais podem se ver o mesmo ninho invadido por abelhas africanizadas.
Para comprovar essa ameaça, fizemos um levantamento rápido de ninhos de aves silvestres em ocos de árvores, cupinzeiros e barrancos de voçorocas no período de 1998 a 2000. A área utilizada para o levantamento fica na Reserva do Exército, na divisa do Distrito Federal com o Estado de Goiás, na altura do km 37 da rodovia DF-100, a sudeste do Distrito Federal. Essa área tem aproximadamente 5 quilômetros de largura, tendo o Rio Preto ao fundo como divisa com o Distrito Federal, e 6 a 7 quilômetros de comprimento. Os tipos fisionômicos mais comuns são Cerrado "strictu sensu", Campo Sujo, Cerradão, Mata Ciliar e Veredas.
Como os pássaros citados utilizam as mesmas cavidades para fazerem seus ninhos por vários anos consecutivos, voltamos aos locais dos ninhos no período de setembro a novembro de 2004 e anotamos as transformações ocorridas naquele período. Os dados do levantamento estão apresentados na Tabela 1, logo abaixo.
Os ninhos foram localizados em barrancos de voçorocas e em ocos de ipê amarelo, carvoeiro, pau-terra-de-folha-estreita, jacarandá-violeta, garapeira, pequizeiro, pau-pombo, buritizeiro e em duas árvores denominadas de "folha miúda", não identificadas.
Como mostram os dados na Tabela 1, há fortes evidências de que essas espécies de aves estão sendo ameaçadas pelas abelhas africanizadas.
Por estas razões, e com base nessas evidências, recomenda-se que a implantação de apiários com abelhas africanizadas nas proximidades de áreas de conservação e reservas biológicas seja evitada.
Sugere-se estudos mais aprofundados sobre o manejo da abelha africanizada no sentido de evitar enxameações, assim como dos impactos que a espécie vem provocando na fauna, incluindo também as abelhas nativas, e na flora.
 
Tabela 1. Levantamento de ninhos de pássaros silvestres invadidos por abelhas africanizadas no período de 1998 a 2004, em uma área de Cerrado no entorno do Distrito Federal.
 
Nome Comum
Nome Científico
N° de ninhos identificados de 1998 a 2000
Época em que os pássaros freqüentam mais os ninhos
Local
N° de ninhos invadidos por abelhas de 1998 a 2004
Papagaio-verdadeiro

Amazona aestiva

8
Setembro
Ocos de árvores
6
Papagaio-verdadeiro
Amazona aestiva
4
Setembro
Barrancos de voçoroca
1
Coruja suindara
Tyto alba
3
Agosto
Ocos de árvores
1
Tucano
Ramphastos toco
3
Novembro
Ocos de árvores
2
Tucano
Ramphastos toco
2
Novembro
Barrancos de voçoroca
0
Pica-pau -verde- barrado
Colaptes melanochloros
5
outubro
Ocos de árvores
2
Pica-pau-do-campo
Colaptes campestris
4
Novembro
Cupinzeiro
2
Canário-da-terra
Sicalis flaveola
3
Fevereiro
Ocos de árvores
2
Coruja-buraqueira
Athene cunicularia
6
Outubro
Cavidades no solo
2
Obs: Durante este período, duas árvores que abrigavam respectivamente, um ninho de papagaio e um ninho de tucano foram destruídas por fogo e outras duas árvores que abrigavam ninhos de pica-pau-verde-barrado foram derrubadas por ventos.
 
Agradecimentos:
Agradeço à Dra. Adriana Bocchiglieri, pesquisadora do CMBBC/Embrapa Cerrados pela colaboração na identificação das espécies dos pássaros listados na Tabela 1.

Nilton Tadeu Vilela Junqueira
Eng. Agrônomo

quarta-feira, 12 de março de 2014

Agricultoras e pescadoras de Porto Jatobá são apresentadas à criação de abelhas pela APIME

A APIME, a convite da Estação Ecológica de Caétes, ministrou palestra "As Abelhas", no dia 09 de março, na Estação Ecológica de Caetés,  para as pescadoras da Comunidade Porto Jatobá, em Abreu e Lima.


Agricultoras e pescadoras de Porto Jatobá são apresentadas à criação de abelhas



Iracema, Melissa, Débora - nomes de mulher que têm significado comum: da abelha, do mel. Como parte das comemorações pelo Dia Internacional da Mulher, a Estação Ecológica de Caetés (Esec Caetés), unidade de conservação administrada pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), convidou mulheres da comunidade de Porto Jatobá, região litorânea de Abreu e Lima, para conhecer uma nova atividade: a meliponicultura, que é a criação de abelhas sem ferrão para a produção de mel.

A Esec Caetés, localizada em Paulista, foi palco da palestra ministrada na última terça-feira (10) pelo presidente da Associação Pernambucana de Apicultores e Meliponicultores (Apime), Alexandre Moura. Atentas, as pescadoras e agricultoras de Porto Jatobá puderam conhecer um pouco sobre a história, anatomia, reprodução das abelhas e o seu importante papel na conservação da qualidade do meio ambiente.


"Em toda comunidade em que apresentamos a proposta da criação de abelhas, há um aumento na produção agrícola, por conta da polinização realizada por esses insetos", conta Alexandre. Segundo ele, as safras de caju e pitomba, por exemplo, na presença próxima das abelhas, é significativamente maior. Além disso, as abelhas imprimem uma espécie de "selo de qualidade ambiental" na produção agrícola porque, segundo ele, não existem abelhas onde há uso de agrotóxicos.

O secretário adjunto de Meio Ambiente e Agricultura do município de Abreu e Lima, Fernando Matheus, acompanhou o grupo de mulheres à palestra e ofereceu suporte dos técnicos do município para quem decidir se dedicar à atividade.

Após a palestra, a agricult
ora Maria Cilene do Nascimento decidiu não espantar mais as abelhas que rodeiam as flores de sua plantação de maracujá. Sem deixar os pequenos insetos fazerem a polinização e facilitar a fecundação da planta, lamentou: "Agora entendi porque a produção de maracujá foi tão pequena".

O momento mais doce do encontro foi mesmo o final da tarde, quando foi realizada a coleta de mel, diretamente dos potes cuidadosamente construídos pelas abelhas-uruçu (Melipona scutellaris), espécie nativa do litoral. Com a ajuda de uma seringa, as mulheres enfrentaram o medo do movimento frenético das abelhas - e de seu zunido - e se deliciaram com mel.

Para a gestora da Esec Caetés, Sandra Cavalcanti, foi uma satisfação promover a difusão do conhecimento e desenvolver, na comunidade de Porto Jatobá, o interesse pela meliponicultura. "Mais do que o objetivo da comercialização do mel, é importante mostrar a essas mulheres que é possível aliar seus trabalhos de pesca e de agricultura à criação de abelhas, inserindo em seu dia-a-dia um alimento nutritivo e saudável, que traz melhorias na produção agrícola da comunidade", comentou. Desde sua criação, em 1991, a Apime participa de ações educativas na Esec Caetés, partilhando conhecimentos com técnicos da CPRH e com a comunidade do entorno da Esec.
NÚCLEO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL / CPRH

http://www.cprh.pe.gov.br/home/41709%3B38617%3B10%3B2268%3B3117.asp

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas
Uma jovem planta de umburana de cambão