AVALIAÇÃO DO EFEITO CICATRIZANTE E ANTIMICROBIANO
DA GEOPRÓPOLIS DE Melipona fasciculata Smith DA
BAIXADA MARANHENSE
Aramys Silva dos Reis, Mayara Cristina Pinto da Silva, Anne Karine
Martins Assunção, Eder Magalhães da Silva Fialho, Diego Arruda
Lopes, Lucilene Amorim Silva, Rosane Nassar Meireles Guerra,
Maria Nilce Sousa Ribeiro e Flávia Raquel Fernandes do
Nascimento
FARMÁCIA-BIOQUÍMICA, UFMA
Introdução: O processo de cicatrização consiste em uma perfeita e
coordenada cascata de eventos celulares e moleculares que
interagem para que ocorra a reconstituição do tecido. Porém,
muitas alterações metabólicas, a exemplo da Diabetes, podem
alterar esse processo, levando a um retardo da cicatrização. Vários
fatores estão associados ao retardo da cicatrização em portadores
de diabetes, sendo os principais a neuropatia, a isquemia, as
infecções, a deficiência de fatores de crescimento e matriz
extracelular e outros. Sabendo que a geoprópolis de Melipona
fasciculata é amplamente utilizada pela população nordestina, e
considerando suas propriedades, anti-inflamatória,
imunomoduladora e antimicrobiana, esse trabalho tem por objetivo
avaliar o efeito cicatrizante e antimicrobiano do extrato
hidroalcoólico da geoprópolis de Melipona fasciculata Smith sobre
lesões de pele em camundongos diabéticos não obsesos (NOD -
Non Obese Diabetic).
Material e Métodos: Após anestesia, foram
induzidas lesões na pele de 40 camundongos NOD fêmeas com 3
meses de idade. Os animais foram então divididos em 4 grupos
(n=10/grupo): grupo controle (C) que foi tratado apenas com o
excipiente; grupo DFC que recebeu uma pomada composta de
desoxirribonuclease (666U/g), fibrinolisina (1U/g) e clorafenicol
(10mg/g); grupos geoprópolis (GP2,5 e GP5) que receberam a
pomada de geoprópolis nas concentrações de 2,5% e 5%,
respectivamente. Os trataments foram aplicados diariamente, por
via tópica, até a completa reparação do tecido. Nos dias 0, 3, 6, 10
e 14 foram mensuradas a área da lesão e foi feita a análise
microbiológica e histopatológica das lesões.
Resultados: A partir do
3º dia de tratamento foi observada uma aceleração do processo
cicatricial no grupo DFC (35,23%) e no grupo GP5 (39,20%)
quando comparados ao grupo C (19,40%). No sexto dia, os dois
grupos tratados com pomada de geoprópolis apresentavam uma
lesão menor que o controle (C: 26,8%; DFC: 48,9%; GP2,5:
51,16%; GP5: 54,0%). O mesmo padrão de aceleração da
cicatrização se manteve no 10º dia (C: 60,8%; DFC: 78,0%; GP
2,5: 88,6%; GP5: 87,0%) e no 14º dia. Houve colonização por
bactérias na maioria das lesões, tanto no controle como nos grupos
tratados com geoprópolis, entretanto, no grupo DFC foi observada
colonização bacteriana somente em 2 dos 6 animais no 3º dia.
Conclusões: Os dados mostram que a geoprópolis de Melipona
fasciculada da baixada maranhense possui um potente efeito
cicatrizante, mas não possui um efeito bactericida ou
bacteriostático in vivo. Apoio Financeiro: CNPq, BASA, FINEP,
CAPES, UFMA
Palavras-Chave: Geoprópolis, Melipona fasciculata, Cicatrização,
Diabetes
http://www.pibic.ufma.br/docs/bab653938423dd282156156de2a19cf6.pdf
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