Vídeos

Visitas

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

MMA define regras para proteger espécies ameaçadas de extinção

Informativo do Ministériodo Meio Ambiente - InforMMA
Quarta, 05 Fevereiro 2014 


Veado do pantanal: espécie ameaçada de extinção

Foto: Zig Koch Veado do pantanal: espécie ameaçada de extinção

Novas listas de espécies ameaçadas elaboradas no Brasil deverão obedecer a padrões internacionais de avaliação de risco

LUCIENE DE ASSIS

A partir de hoje, todas as novas listas de espécies ameaçadas ou consideradas em risco de extinção, elaboradas no Brasil, deverão obedecer a padrões internacionais de avaliação de risco, com atualização anual por grupos de espécies e verificação geral a cada cinco anos. É o que prevê a Portaria MMA nº 43, publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 5/2, ao instituir o Programa Nacional de Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção (Pró-Espécies), cujo objetivo é adotar ações de prevenção, conservação, manejo e gestão, visando minimizar as ameaças e o risco de extinção de espécies.

A pretensão do Ministério do Meio Ambiente (MMA), para cada espécie identificada como ameaçada, é oferecer subsídios ao desenvolvimento de ações capazes de retirar a espécie da lista o mais rápido possível. O secretário de Biodiversidade e Florestas do MMA, Roberto Cavalcanti, explica que o Programa Pró-Espécies agrega vários elementos em um só lugar e oferece uma base estratégica nacional de conservação da biodiversidade com relevância para normas internacionais, dando mais solidez ao processo.

NOVA CLASSIFICAÇÃO

Ao contrário dos procedimentos adotados nas listas anteriores, os critérios atuais de avaliação de espécies ameaçadas são os mesmos adotados pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN) e nos termos da Convenção de Diversidade Biológica (CDB). “A nova classificação permite lidar com lacunas de conhecimento e incorporar qualquer espécie da fauna no risco de avaliação, que será feito pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)”, informa Cavalcanti.

As classificações abrangem as espécies ameaçadas de extinção; as extintas (que já desapareceram completamente);
as extintas da natureza (conhecidas apenas em cativeiro ou fora de sua área de distribuição natural); as criticamente em perigo (em risco extremamente alto de extinção na natureza);
em perigo (que está enfrentando risco muito alto de extinção na natureza);
as vulneráveis (quando as melhores evidências disponíveis indicam que se atingiu qualquer um dos critérios quantitativos para vulnerável, enfrentando alto risco de extinção na natureza); e as quase ameaçadas de extinção (podendo se enquadrar em uma categoria de ameaça em futuro próximo),
 entre outras classificações menos preocupantes. Com bases nessas categorias, estabelecidas pela Portaria, as avaliações fornecerão subsídios científicos para elaboração e atualização periódica das listas nacionais oficiais de espécies ameaçadas, tanto da fauna quanto da flora, para espécies ou grupos de espécies específicos.

O Programa Pró-Espécies prevê a elaboração de Planos de Ação Nacionais (PAN) para a conservação das espécies ameaçadas. Roberto Cavalcanti insiste que é necessário partir para ação, estabelecer metas e instituir soluções rápidas destinadas a resolver o problema dos animais classificados em categorias de risco. Nos últimos dez anos, o ICMBio elaborou 53 PANs, abrangendo espécies como o lobo-guará, a onça-pintada e os papagaios da Mata Atlântica.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Edital - Projetos Educação Ambiental - Arquipélogo Fernando de Noronha

EDITAL DE PROJETOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA SUSTENTABILIDADE DO ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA - PEAS/FN - FASE 2 - Nº 001/2013
A SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE REABRE O PRAZO PARA ENTREGA DE PROJETOS E DOCUMENTAÇÃO

O PRAZO PASSA A SER 07 DE FEVEREIRO DE 2014
(conforme estabelecido na publicação do Diário Oficial no dia 23/01/2014)
 
O edital está dividido em 4 categorias de projetos, num valor total de R$ 1.200.000,00:
 
1. Impressão dos materiais de Educomunicação Ambiental e distribuição via Grupo Intinerante para a Educomunicação Ambiental;
2. Capacitações em tecnologias sustentáveis;
3. Recuperação do Açude da Ema com uso de Sitemas Agrofloesrais; 
4. Educação Ambiental Vivenciada para jovens;


 O EDITAL E ORIENTAÇÕES NECESSÁRIAS PODEM SER BAIXADAS DO SITE DA SEMAS, NO SEGUINTE ENDEREÇO:
 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Convite - Consultas Públicas das Propostas de Criação de Unidades de Conservação em Pernambuco

 
 
A APIME, como integrante do CONSEMA, divulga Convite da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco para participação das Consultas Públicas para Criação de Unidades de Conservação.
 

domingo, 2 de fevereiro de 2014

ONU declara 2014 como o 'Ano Internacional da Agricultura Familiar'

ANO INTERNACIONAL DA AGRICULTURA FAMILIAR


Ano Internacional da Agricultura Familiar (AIAF) 2014 visa a aumentar a visibilidade da agricultura familiar e dos pequenos agricultores, focalizando a atenção mundial em seu importante papel na erradicação da fome e pobreza, provisão de segurança alimentar e nutricional, melhora dos meios de subsistência, gestão dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável, particularmente nas áreas rurais.
 
O objetivo do AIAF 2014 é reposicionar a agricultura familiar no centro das políticas agrícolas, ambientais e sociais nas agendas nacionais, identificando lacunas e oportunidades para promover uma mudança rumo a um desenvolvimento mais equitativo e equilibrado.  O AIAF 2014 vai promover uma ampla discussão e cooperação no âmbito nacional, regional e global para aumentar a conscientização e entendimento dos desafios que os pequenos agricultores enfrentam e ajudar a identificar maneiras eficientes de apoiar os agricultores familiares.

O QUE É AGRICULTURA FAMILIAR?

A agricultura familiar inclui todas as atividades agrícolas de base familiar e está ligada a diversas áreas do desenvolvimento rural. A agricultura familiar consiste em um meio de organização das produções agrícola, florestal, pesqueira, pastoril e aquícola que são gerenciadas e operadas por uma família e predominantemente dependente de mão-de-obra familiar, tanto de mulheres quanto de homens. 
Tanto em países desenvolvidos quanto em países em desenvolvimento, a agricultura familiar é a forma predominante de agricultura no setor de produção de alimentos.
Em nível nacional, existe uma série de fatores que são fundamentais para o bom desenvolvimento da agricultura familiar, tais como: condições agroecológicas e as características territoriais; ambiente político; acesso aos mercados; o acesso à terra e aos recursos naturais; acesso à tecnologia e serviços de extensão; o acesso ao financiamento; condições demográficas, econômicas e socioculturais; disponibilidade de educação especializada; entre outros.
A agricultura familiar tem um importante papel socioeconômico, ambiental e cultural.

POR QUE A AGRICULTURA FAMILIAR É IMPORTANTE?

  • A agricultura familiar e de pequena escala estão intimamente vinculados à segurança alimentar mundial. 
  • A agricultura familiar preserva os alimentos tradicionais, além de contribuir para uma alimentação balanceada, para a proteção da agrobiodiversidade e para o uso sustentável dos recursos naturais.
  • A agricultura familiar representa uma oportunidade para impulsionar as economias locais, especialmente quando combinada com políticas específicas destinadas a promover a proteção social e o bem-estar das comunidades. 

http://www.fao.org/family-farming-2014/home/pt/
 
 
 

ONU declara 2014 como o 'Ano Internacional da Agricultura Familiar'

A ideia é promover uma ampla discussão e cooperação mundial para aumentar a conscientização e entendimento dos desafios que os pequenos agricultores enfrentam
Brasília-DF, 21/01/2014 - A importância da agricultura familiar para garantir segurança alimentar e a produção de alimentos é destacada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a FAO. A entidade declarou 2014 como o 'Ano Internacional da Agricultura Familiar' (AIAF 2014).
A proposta do AIAF 2014 é promover uma ampla discussão e cooperação mundial para aumentar a conscientização e entendimento dos desafios que os pequenos agricultores enfrentam. O debate também pretende ajudar a identificar maneiras eficientes de apoiar a agricultura familiar.
A atividade representa uma oportunidade para impulsionar as economias locais, especialmente quando combinada a políticas específicas destinadas a promover a proteção social e o bem-estar das comunidades. "A irrigação se dá em um arranjo de produção e entrega de valor à sociedade e mercado. Nesse contexto, a agricultura familiar é muito importante e é levada em consideração em todos os nossos programas", destaca Miguel Ivan, secretário nacional de Irrigação (Senir), do Ministério da Integração Nacional.
O Ministério, por meio da Senir, gerencia o programa Mais Irrigação, que coloca a agricultura familiar e os pequenos irrigantes como parte de suas diretrizes. Segundo o secretário nacional de Irrigação, no programa estão previstas ações de implantação e otimização de perímetros de interesse social. "Serão beneficiados pequenos produtores, que terão apoio e incentivos para produzir de forma eficiente, gerando emprego, renda e qualidade de vida", explica Miguel Ivan.
Exemplos de agricultura familiar no Mais Irrigação, os perímetros de Propriá, Cotinguiba-Pindoba e Betume, em Sergipe, são destaque na região com a produção de arroz. Este ano, os perímetros poderão bater novo recorde na safra de verão, com expectativa de mais de 20 mil toneladas. A atividade já proporcionou a geração de cinco mil empregos diretos e indiretos, com receita bruta de R$ 10 milhões. O Mais Irrigação destinou R$ 102 milhões para serem investidos nos três perímetros irrigados, com foco na reabilitação do sistema de drenagem.
Agricultura familiar no Brasil                     
De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), no Brasil, há mais de quatro milhões de estabelecimentos familiares rurais, que são responsáveis por 33% do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário e 74% da mão de obra empregada no campo.  Em apenas dez anos, a renda do setor cresceu 52% a partir de políticas públicas que fortalecem a produção e o desenvolvimento.
O governo federal disponibiliza crédito para financiamento a canais de comercialização dos produtos, com os programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Alimentação Escolar (Pnae), para o desenvolvimento da agricultura familiar.
O Plano Safra 2013/2014 para o setor soma investimento de R$ 39 bilhões, sendo a maior parte, R$ 21 bilhões, para crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), que financia os projetos dos produtores rurais.
 

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Animais Silvestres - Acordo de Cooperação entre o IBAMA e o Governo do Estado

 
A Câmara Técnica de Ética, Saúde Pública e Bem Estar Animal - CT ESPBEA  do  Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco CONSEMA/PE, da qual a APIME faz parte, reunir-se-á (convocação Ofício CONSEMA/PE nº 008/2014) no dia 03/02/2014, às 14h para analisar a proposta de Acordo de Cooperação entre o IBAMA e o Governo do Estado quanto a gestão da fauna silvestre.

Lembramos que o Governo do Estado passou a ser responsável legalmente pela gestão da fauna silvestre (principalmente apreensões, tratamento e reintegração na natureza), porém durante um período, que está se entendendo como período de transição, o IBAMA ainda assume a responsabilidade por essas ações em virtude de possuir quadro de funcionários capacitados e o Centro de Triagem de Animais Silvestres - CETAS, condições essas que ainda estão sendo providenciadas pelo Governo do Estado, razão pela qual se apresenta o Acordo de Cooperação entre o IBAMA e o Governo Estadual.
 
Esclarecemos que a reunião é para os componentes da Câmara Técnica, porém a APIME como representante das entidades ambientalistas naquele Conselho e da Câmara Técnica, vem através deste comunicar sobre a realização dessa reunião para que possa RECEBER CONTRIBUIÇÕES E SUGESTÕES PARA O APRIMORAMENTO DA PROPOSTA.

AOS MELIPONICULTORES consultamos se há alguma questão específica sobre as abelhas nativas a ser abordada na reunião.
 
Informamos que a referida proposta, depois de passar pela Câmara Técnica, será apresentada em reunião do CONSEMA, está aberta para participação do público.
 
Propostas, sugestões, observações podem ser enviadas para o e-mail: apime.pe@hotmail.com ou mesmo publicar como "comentário" nesta página do Blog.

 .

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

APIME promoveu Curso de Iniciação à Meliponicultura para Produtores Rurais de Paulista

A APIME realizou nos dias 17 e 18 de janeiro de 2014 Curso para Produtores Rurais da Associação de Produtores Rurais de Mumbeca II - APRUMU II, em Paulista  - PE.
 
A iniciativa contou com a parceria do IPA - Paulista e da APRUMU II e teve como objetivo levar informações sobre as abelhas nativas e os potenciais benefícios para atividade agrícola através do serviço de polinização. No primeiro dia foi ministrada aula do módulo teórico e na manhã do sábado, o módulo da aula prática.
Para se falar de abelhas precisamos conhecer as flores



Perceber e sentir para entender. Cera alveolada

Explicação de como preparar uma colmeia para divisão de família

Colmeia a ser dividade

Conhecendo a estrutura de uma colméia

Momento de degustar o delicioso mel
 
Além da aprendizagem técnica e de aspectos de valores da conservação ambiental, o curso teve como resultado a formação de uma  nova colônia de abelha uruçu a partir da divisão de "família" resultado da realização da aula prática.
Conhecer as "castas" e os discos de cria.


Presidente da APRUMU II (esquerda) e Adgerlan Codácio (APIME)

Belíssima revoada de abelhas uruçu após a realização da multiplicação da colônia

 Curso contou com  participação de 15 pessoas que no encerramento das atividades receberam o certificado de participação.













 

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

APIME e a Estação Ecológica de Caetés promoveram Curso de Iniciação à Meliponicultura

A APIME e a Estação Ecológica de Caetés promoveram, no dia 09 de janeiro de 2014, curso de Iniciação à Meliponiculura voltado a capacitar servidores e parceiros da Unidade de Conservação para que possam lidar com as abelhas nativas naquela Unidade de Conservação.

O curso teve dois módulos, um de aula teórica e outra de aula prática. Foi abordado assuntos que agrangeram temas como diversidade das abelhas, importância na natureza, comportamento, técnicas de manejo da criação de abelhas nativas.

Na aula prática os participantes visitaram um meliponário no município de Paulista - PE.
Todos os participantes tiveram pela primeira vez oportunidade de conhecerem uma colmeia de abelha nativa e o interior de seu ninho.
 
 
 


A Estação Ecológica de Caetés - ESEC Caetés

A Estação Ecológica de Caetés (ESEC - Caetés), Paulista - PE, poderia ter sido transformada num aterro sanitário, mas graças ao empenho da Comunidade de Caetés I, de associações ambientalistas e de outras entidades, a obra foi embargada na década de 80.
 
 
O Governo do Estado de Pernambuco adquiriu a área com seus 157 hectares e a transformou em Reserva Ecológica, com a promulgação da Lei nº 9.989/87. Em dezembro de 1998, através da Lei Estadual nº 11.622/98, a Reserva Ecológica passa para a categoria de manejo denominada Estação Ecológica permitindo, assim, a visitação pública.
 
O remanescente faz parte da Floresta Atlântica que em muitas regiões já desapareceu devido à ação do homem. Nele, podem ser encontrados significativos exemplares da flora e da fauna típicos da Região Nordeste. Além de contribuir para proteção dos recursos hídricos, a ESEC Caetés abriga atividades de educação ambiental conservacionista e de investigação científica, através de pesquisas sobre sua diversidade.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Conservação das Abelhas da Caatinga e da Umburana de Cambão: Prioridades 2014

Prezados leitores,

A APIME – Associação Pernambucana de Apicultores e Meliponicultores pautou  como prioridade para seus trabalhos em 2014  à conservação das abelhas nativas da caatinga e da umburana de cambão.

Em todo o mundo existem milhares de espécies de abelhas, entre espécies sociais e solitárias. No Brasil estima-se existir 200 a 300 espécies sociais. Elas cumprem o importante papel (serviço ambiental) da polinização, em que 90 % das espécies vegetais (com flores) são polinizadas por esses insetos. Assim, as abelhas contribuem significativamente, em alguns casos exclusivamente, na produção de sementes e frutos, o que garante a manutenção da vegetação e da fauna de um bioma. Da mesma forma contribuem no aumento da produtividade agrícola, cuja estimativa que sejam responsáveis por 30% do alimento produzido no mundo.
No Semiárido Brasileiro existem 187 espécies de abelhas. Das abelhas sociais nativas do semiárido, cuja particularidade é não possuírem ferrão, algumas são bastante conhecidas e até dão nome a cidades e localidades, como Sanharó (Cidade), Uruçu-mirim (distrito de Gravatá) conhecida por Jandaíra, Manduri (distrito), Mandaçaia, Canudo, Cupira entre outras.
Outra particularidade é que essas abelhas sociais (a maioria das espécies) fazem seus ninhos exclusivamente em cavidades (ocos) de árvores, onde estabelecem definitivamente sua colônia não mais saindo daquele local, em razão de sua rainha, depois de fecundada não mais voar. Assim, a conservação desses locais de nidificação (essas árvores) se torna fundamental para a existência das colônias e consequentemente da sua preservação e do bioma caatinga.
Apesar de existirem diversas espécies vegetais na caatinga que podem abrigar ninhos de abelhas nativas, duas se destacam: a Umburana de Cambão (Commiphora leptophloeos) e a Caatingueira. (Nessa discussão o foco será a umburana).
A umburana de cambão passa a representar quase um “habitat” quanto a sua importância para vida das abelhas nativas, pois é nela que se baseia a sua existência, a existência de sua colônia, o seu ninho.
Porém, a Umburana de Cambão está sendo dizimada da Caatinga por um processo de sobre exploração predatória e junto com ela, também as colônias naturais de abelhas sociais. As explorações e depredações vão desde queimadas, desmatamentos para empreendimentos, produção de lenha, fabricação de carvão, obtenção de madeira para o artesanato, obtenção de tábuas para confecção de colmeias e até pela ação de meleiros (caçadores de mel).

Mesmo sendo reconhecida sua importância para conservação das abelhas nativas, por meliponicultores, por pesquisadores e pela academia (Martins Celso, Kerr, Paulo Nogueira-Neto, Roubick, Imperatriz-Fonseca, Cortopassi, Marilda, Carvalho, Airton, entre outros), por associações, federações e a Confederação Brasileira de Apicultores e Meliponicultores (CBA), até a presente data não houve uma iniciativa efetiva para a proteção da umburana de cambão como forma de conservar os locais de nidificação de abelhas nativas e de outros animais como os psitacídeos (periquitos, papagaios em que também utilizam a umburana para fazerem seus ninhos).

Assim, essa é a razão da APIME ter trazido à pauta de discussão e luta nesse ano de 2014, esse tema, para ser discutido em várias instâncias e fóruns.
Teremos nas próximas reuniões Conselho Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco - CONSEMA/PE esse assunto, onde surgi a grande oportunidade de discutirmos e aprovarmos encaminhamentos e/ou resoluções, de efeito prático e imediato para a proteção das abelhas nativas e outros animais a partir da preservação de uma espécie vegetal.
Acreditamos ser uma proposta única na história da política ambiental, em que se preservando uma só espécie vegetal, se possa desencadear um processo direto de conservação de diversas espécies animais (abelhas e psitacídeos) em todo o bioma.
Queremos construir uma proposta baseada nas recomendações científicas, como a de reconhecer a umburana como “espécie chave” na conservação dos meliponíneos e no que estabelece a Convenção da Biodiversidade da qual o Brasil é signatário. Baseado também nos propósitos do Plano Estadual de Combate à Desertificação onde se destaca a conservação da vegetação como medida de combate à desertificação e a polinização contribui diretamente nesse aspecto.
Precisaremos para isso de decisões acertadas, diretas. Não caberá mais se pensar em medidas paliativas ou de agrado. Caberá sim, “revelar o relevante”, que no caso é a conservação de um bioma, de espécies ameaçadas, do patrimônio natural de toda a sociedade.
Por isso convidamos você a construir essa proposta pautada nesses princípios.
Envie suas sugestões, recomendações, orientações, minutas de resoluções, referências bibliográficas para o e-mail: apime.pe@hotmail.com ou correspondências para o endereço: APIME – Rua da Aurora, 295, Sala 917 – Boa Vista – Recife – PE – CEP 50050-000.

Recife - PE,  02 de janeiro de 2014

Associação Pernambucana de Apicultores e Meliponicultores – APIME

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas

Umburana - "Pau de Abelha" - Proteger a umburana é conservar as abelhas nativas
Uma jovem planta de umburana de cambão